Artilheiro do Tricolor no ano, com oito gols, argentino conta detalhes ao Esporte Espetacular
Globo Esporte
São oito gols no Campeonato Paulista e o protagonismo esperado no São Paulo, que investiu mais de R$ 20 milhões para contratá-lo no meio do ano passado. O início de 2023 de Galoppo justifica o investimento e a esperança depositada sobre o argentino, o novo xodó para o torcedor tricolor.
Autor do segundo gol na vitória por 3 a 1 sobre o Botafogo-SP, no último domingo, Galoppo teve recentemente o nome cantado pelo público. O são-paulino mal sabe que essa relação se destinou ainda nos primeiros anos de vida do argentino. O pai do camisa 14, Marcelino, foi atleta profissional, e Giuliano nasceu destinado a seguir a profissão.
– Desde muito pequeno queria isso. Estávamos na Itália, acho que tinha entre três ou quatro anos, meu pai me levava aos treinos, quase todos os dias compartilhava comigo o campo de futebol. Gostava de estar ali, sempre tive amor pelo futebol – comentou Galoppo, em entrevista ao Esporte Espetacular e exibida no último domingo.
– Nunca tive dúvida que jogaria como profissional, pois desde pequeno trabalhei muito para isso, passando por obstáculos, lesões, e momentos difíceis. Então nunca tive dúvida disso. Contente por hoje estar aqui e com muita vontade de cumprir os objetivos – acrescentou.
Galoppo começou a vislumbrar uma carreira no futebol ainda jovem, na Itália, quando se apaixonou pelo Milan e se inspirou em Kaká. O ex-são-paulino é uma referência para o argentino, que sonha em se encontrar pessoalmente com o antigo camisa 10 da Seleção.
Antes de alcançar o sucesso de 2023 no São Paulo, que faz Galoppo sonhar com um encontro com o ídolo, a trajetória foi dura. Aos 14 anos, o atual meia tricolor deixou a casa em Rafaela, na província de Santa Fé, localizada a 600 km de Buenos Aires, para tentar a sorte no Boca Juniors.
– Foi bem duro. Fiquei só um ano, e no fim comunicaram que eu não ficaria. Aprendi muitas coisas, tive muita resiliência na época e isso serviu para o futuro. Não guardo rancor e nem nada. Estou contente que deu tudo certo. Pude chegar no Banfield, continuar trabalhando e já subir para o profissional – relembrou.
Do Banfield, Galoppo ganhou espaço e chamou a atenção do São Paulo na temporada passada.
Maior investimento de 2022, o meio-campista demorou a desencantar com a camisa tricolor e anotou o primeiro gol pelo clube somente na despedida da temporada, na goleada sobre o Goiás.
Em 2023, porém, o jogo virou. Galoppo passou a atuar mais adiantado, ganhou espaço no time de Rogério Ceni e assumiu uma função artilheira no São Paulo. O sucesso em um grande clube era destino, traçado ainda na infância e seguindo o DNA caseiro.
– Na Argentina, eu já tinha mostrado que poderia fazer gols, e fiz gols jogando como volante. Agora o que acontece aqui no São Paulo é muito importante, porque trabalhei muito. Mesmo não tendo muitos minutos e jogando em posições diferentes, trabalhei. Agora estou sendo recompensado pelo esforço que fiz – comemora.
A celebração pelo momento individual será ratificada em caso de título. Enquanto o troféu não vem, Galoppo comemora o reconhecimento. Pela primeira vez na carreira, o argentino sente o gostinho de representar uma grande camisa.
– Quando cheguei, já sabia o tamanho do São Paulo. Quando cheguei, realmente me dei conta de que é maior do que pensava. Pela torcida incrível, quase sempre 50 mil no Morumbi, realmente é algo incrível, não estava acostumado na Argentina. Viver isso aqui é muito bom – concluiu.
