São Paulo demite médico e faz mudanças no departamento após queda no Paulista

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ESPN

Júlio Casares antes de jogo entre São Paulo e Palmeiras, pela final do Paulistão Victor Monteiro/Pera Photo Press/Gazeta Press

O São Paulo promoveu mudanças em seu departamento médico dias após de ser eliminado do Campeonato Paulista, com derrota nos pênaltis para o Água Santa. Na partida no Allianz Parque, na última segunda-feira (13), o técnico Rogério Ceni não pode contar com sete jogadores por lesão.

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Carlos Tadeu Moreno, um dos médicos que cuidava do dia-a-dia do futebol, foi desligado e seguirá carreira como cirurgião e ortopedista em clínica própria. Já José Sanchez assumirá o cargo de “coordenador médico de transição”. Na prática, ele também deixa o atendimento ao time profissional e passa a dar suporte a todas as áreas de saúde do clube.

Os cargos que eram da dupla serão ocupados pelos médicos Ricardo Galotti e Fábio Luiz Novi. Antes de cuidar do dia-a-dia do futebol profissional, eles trabalhavam nas categorias de base do Tricolor.

As trocas são sequência de uma remodelação que o São Paulo vem realizando em seu departamento médico, bastante criticado recentemente pela torcida tricolor, pelo excesso de lesões e suposta demora na recuperação para que os atletas voltem a ficar à disposição em campo.

Ainda em 2021, por exemplo, o presidente Júlio Casares rebatizou o setor de DEM (Divisão de Excelência Médica), adicionando o “Plus” ao nome do antigo Reffis, além de ter equipado o departamento com aparelho mais modernos.

No começo do século, o Reffis era visto como algo de última geração, sendo que o Tricolor muitas vezes se beneficiou da estrutura para recuperação de lesões para atrair jogadores que acabaram virando reforços, como Luizão, Adriano Imperador, Ricardo Oliveira, entre outros.

Na eliminação diante do Água Santa, o São Paulo teve sete jogadores indisponíveis por lesões: Ferraresi (cirurgia no joelho direito), Moreira (cirurgia no joelho esquerdo), Rafinha (entorse no tornozelo esquerdo), André Anderson (pubalgia), Igor Vinícius (dores no púbis), Caio Matheus (cirurgia no joelho direito) e Calleri (lesão no tornozelo direito).

Segundo levantamento feito pelo historiador Alexandre Giesbrecht, do “Anotações Tricolores”, a última vez que o São Paulo teve o DM completamente vazio foi em abril de 2022.