Arboleda conta que ocupou tempo longe do campo com jogos do São Paulo: “Era dolorido ver de fora”

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Em conversa com o ge, zagueiro lembra dificuldades na recuperação de lesão no joelho em 2022

O que fazer quando você está impossibilitado de fazer o seu trabalho? Arboleda decidiu sofrer. Durante o período de afastamento pela grave lesão no tornozelo esquerdo, o zagueiro equatoriano dedicou parte do tempo para acompanhar o São Paulo, enquanto realizava trabalhos de recuperação dentro de casa.

Foi comum ver registros de Arboleda comemorando gols e vitória dos companheiros. A alegria demonstrada nos vídeos, entretanto, contrastava com o real sentimento do equatoriano, que desabafou sobre as principais dificuldades no período em conversa com o ge.

– Era muito dolorido, muito frustrante. Eu queria estar ali, queria estar ali nas comemorações. Eu poderia estar e viver aqueles momentos, mas futebol é assim: às vezes você tem que passar por essas coisas para conseguir grandes coisas. Estou 100% e espero não voltar a me machucar – comentou.

Arboleda em campo em Botafogo x São Paulo — Foto: Rubens Chiri/Saopaulofc.net

Arboleda sofreu uma gravíssima lesão no tornozelo esquerdo em junho do ano passado. De uma vez só, em partida contra o Palmeiras, o defensor de 31 anos rompeu os ligamentos e teve uma fratura no local, problemas que ameaçaram a participação do atleta na Copa do Mundo.

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O zagueiro permaneceu quatro meses em tratamento intensivo para conseguir retornar o mais rápido possível para estar no Mundial do Catar. Deu certo, e Arboleda entrou na lista dos convocados para a competição, mas se despediu sem entrar em campo nas três partidas do Equador.

Durante o período de recuperação, Arboleda sofreu, segundo relatos do próprio defensor durante o papo exclusivo. Não era apenas a possibilidade de ausência no Mundial que incomodava, mas doía também ver o São Paulo na temporada e não poder ajudar.

– Foram muitas coisas difíceis, passaram muitas coisas nesse período, pois perdemos a final da Sul-Americana. Eu me lamentava, pensava que poderia ajudar se estivesse lá, era um sentimento de impotência, frustrante. Isso me marcava muito – lamentou.

– Não jogar pelo São Paulo era importante, é o time que amo e que gosto, e clube no qual quero deixar meu nome marcado. Estou bem, 100% e quero agradecer a todos os colaboradores do São Paulo, todos os meninos que trabalharam aqui e ficaram do meu lado neste tempo – acrescentou Arboleda.

Sobre os agradecimentos, Arboleda também tomou a mesma linha de discurso de Calleri, que defendeu o departamento médico do São Paulo em conversa exclusiva com o ge. O equatoriano também enxerga críticas injustas aos profissionais são-paulinos.

– Acho que, em uma parte, as críticas eram muito injustas. Não são eles que machucam os jogadores. Tem dia bom e ruim. A culpa não é do DM se o jogador se machucar, são coisas do futebol. O único que fazem é ajudar a gente na recuperação – declarou.

– É muito injusto falar que os caras não prestam, que não ajudam. Tive quase cinco meses com eles e sou muito agradecido pelo que fizeram por mim. É injusto que sejam cobrados por uma coisa que não tem nada a ver – finalizou Arboleda, que, enfim, começa a engatar uma sequência na temporada.

Além de ter atuado no jogo do último sábado contra o Botafogo, pela primeira rodada do Brasileirão, o equatoriano foi titular do São Paulo no duelo contra o Ituano, pela Copa do Brasil, e diante do Tigre, na Argentina, pela Copa Sul-Americana.

Globo Esporte