Dorival cita dificuldades para atletas entenderem suas ideias: “Falta repetição”

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O técnico Dorival Júnior admitiu que alguns atletas ainda têm dificuldades para absorverem suas ideias após o empate em 1 a 1 com o Coritiba, neste sábado, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. O treinador do São Paulo não tem tido tempo para trabalhar com o elenco da forma que gostaria, mas espera que, aos poucos, os atletas entendam melhor seus conceitos, mesmo em meio a dura maratona de jogos.

“Quem está entrando, está entrando com um espírito interessante. É natural que ainda tenhamos dificuldades em alguns comportamentos que são pedidos, só com repetição e trabalho conseguiremos corrigir e melhorar o que vem sendo apresentado. Vejo uma equipe que está tentando propor o jogo a todo momento. O resultado não foi aquele que desejávamos, mas temos que reconhecer que o adversário também foi competente”, comentou Dorival Jr.

Neste sábado o São Paulo teve de lidar com o amplo domínio do Coritiba nos primeiros minutos de jogo, quando o adversário abriu o placar. Depois disso, passou a ter como principal desafio a retranca do Coxa, que se manteve firme em seu campo para não dar espaços ao Tricolor.

“Acredito que os dez minutos iniciais tenham comprometido nosso resultado. A partir daí corremos atrás, o Coritiba se fechou muito bem, foi muito competente na marcação, tinha dois jogadores de muita velocidade na frente, Alef Manga e Kaio, dois jogadores decisivos, e, mesmo assim, tivemos uma boa posse”, pontuou Dorival Júnior.

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“Não estávamos atacando a última linha adversária no primeiro tempo, esse movimento nos daria possibilidade maior de chegar ao gol adversário. No segundo tempo mudamos essa postura, agredimos um pouco mais, fizemos movimentos de infiltração que nos possibilitou estar um pouco mais próximos. Melhoramos a aproximação, triangulação, tabelas. Estamos começando a encontrar um caminho nesse sentido. A recuperação do resultado foi importante. Gostaríamos de ter tido uma sorte maior, mas o Coritiba também fez uma partida diferente do que vinha fazendo, com merecimentos. Talvez tenha sido o melhor resultado para a tarde de hoje”, completou.

Fato é que, mesmo com a aplicação tática elogiável do Coritiba, o São Paulo conseguiu arrancar o empate na marra graças ao gol de Marcos Paulo na reta final da partida. Aliás, foi graças à entrada do meia-atacante – e também do lateral-direito Rafinha – que o Tricolor conseguiu pressionar o adversário de forma mais contundente.

“A disposição do Coritiba a partir do gol mudou completamente, tiveram um outro tipo de atitude e dificultaram muito a nossa penetração. Em razão disso, de estarmos com muitos jogadores jogando por trás, com a entrada do Rafinha tivemos mais um armador, o Rafinha vinha sempre muito bem por dentro. Pelo passe que ele tem, conseguiu nas inversões de bola acionar nossos atacantes em condições de partirem pra cima da linha adversária. A penetração que faltou no primeiro tempo eu corrigi com as entradas do Marcos Paulo e do Rafinha. O Coritiba teve uma atuação defensiva considerável, foram determinados e nós tivemos dificuldades de infiltrações”, concluiu.

Gazeta Esportiva