Em sete de 11 jogos, os reservas da equipe marcaram e ajudaram Tricolor a conquistar pontos
O banco de reservas se tornou um verdadeiro talismã para o São Paulo de Dorival Júnior. Nos últimos onze jogos, sete contaram com gols de atletas que começaram a partida entre os suplentes. De acordo com um levantamento do LANCE!, em média, os reservas são-paulinos precisam de 20 minutos para marcar depois que entram em campo.
Nesta quinta-feira (1), o São Paulo enfrenta o Sport no estádio do Morumbi, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. A equipe chega tranquila para o jogo, graças à vantagem de dois gols – após a vitória por 2 a 0 na Ilha do Retiro, no jogo de ida. Os dois gols da classificação saíram do banco de reservas: com Luciano e Marcos Paulo.
Os dois entraram praticamente juntos, Luciano aos 23 do segundo tempo e Marcos Paulo aos 24 minutos da etapa final. O camisa 10 precisou somente de quatro minutos para marcar. Já o camisa 32 precisou de aproximadamente 21 para fechar o placar.
Sobre Marcos Paulo, desta sequência de onze jogos, já foram três partidas que o jogador saiu do banco e balançou as redes. No caso, contra o América-MG (na vitória por 3 a 0), no empate com o Coritiba (que terminou em 1 a 1) e no jogo citado anteriormente, contra o Sport.
Além de Marcos Paulo e Luciano, Wellington Rato, Juan, Alisson e David também entram na lista. Alisson, inclusive, marcou seu primeiro gol da temporada neste estilo, quando entrou na volta do segundo tempo contra o Puerto Cabello e balançou as redes após cerca de 46 minutos em campo.
Wellington Rato também se destaca na lista de ‘gols decisivos que saíram do banco’. Contra o Ituano, pela terceira fase da Copa do Brasil, garantiu a classificação da equipe quando marcou o único da partida e com apenas dois minutos em campo.
Além deste gol, também deu uma assistência importante para Beraldo, na vitória por 4 a 2 contra o Vasco, pelo Brasileirão – também começando entre os suplentes. Juan também marcou neste jogo, com cerca de 14 minutos em campo, ao entrar aos 13 minutos do segundo tempo.
David balançou as redes contra o Goiás, no duelo mais recente do Tricolor. Chamou atenção porque foi seu primeiro jogo após retornar de lesão e bastou cinco minutos para desempatar o placar e garantir a vitória por 2 a 1 da equipe.
Esta sequência de gols marcados por reservas está sendo contabilizada desde a estreia de Dorival, contra o América-MG, o que chama mais atenção ainda quando praticamente 60% dos jogos contou com suplentes sendo vistos como talismãs e até mesmo garantindo classificações.
Dorival Júnior, por diversas vezes, sempre revela que trata com cuidado a questão envolvendo os desgastes da equipe. Muito disso se reflete ao fato de peças importantes para o elenco tricolor começarem algumas partidas no banco de reservas. Inclusive, após a vitória contra o Vasco, o treinador trouxe a questão envolvendo o calendário complicado à tona.
– Nós podemos nos preparar porque este ano teremos um Campeonato Brasileiro mais disputado do que nos últimos anos. Tudo muito igual, equipes se desgastando consideravelmente. Está difícil manter e equilibrar, mesmo assim a equipe vem tentando encontrar um padrão. Temos mudado nomes e posições, mas sempre estamos se mantendo firmes – disse na ocasião.
Rafinha, um dos veteranos do time e capitão, exaltou o fato dos atletas que estão saindo do banco resolverem boa parte dos jogos. Nos bastidores após a vitória mais recente da equipe, o São Paulo mostrou uma gravação com uma conversa que o lateral teve com o restante do time ainda no vestiário e citou justamente este ponto.
– Em todos os jogos estamos vendo. Quem entra no jogo, está resolvendo. Todo mundo está vendo. Quem saí do banco resolve para nós. E o porquê disso? Todo mundo está preparado. Quem está vindo de fora. Coloquem na cabeça, fiquem ligados ao que está acontecendo no jogo, onde está a jogada e aí quando entrar faz o que vocês estão fazendo em todos os jogos – disse Rafinha.
Luciano atinge marca como ‘artilheiro substituto’
Luciano atingiu mais uma marca com a camisa do São Paulo. Desta vez, como ‘maior artilheiro do banco de reservas’, ocupando agora o posto que antes pertencia ao ex-jogador França, um dos maiores ídolos do Tricolor.
A informação foi levantada pelo historiador são-paulino Alexandre Giesbrecht, do ‘Anotações Tricolores’. E o camisa 10 conseguiu isso graças ao gol que marcou contra o Sport, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.
O camisa 10 ultrapassou a marca de França. Antes estava empatado com o histórico camisa 9, que defendeu o Tricolor entre 1996 e 2002, com doze gols. Agora, por conta do tento contra a equipe nordestina, chegou a 13 gols nessas circunstâncias.
LANCE