Julio Casares diz que pendências serão resolvidas após clássico com Palmeiras na Copa do Brasil, com bilheteria
O São Paulo completou três meses sem pagar direito de imagem a parte de seus jogadores. E o presidente Julio Casares faliu pela primeira vez sobre a situação no domingo (18), em entrevista à ‘CNN’, onde prometeu que irá quitar as pendências com o plantel após o confronto com o Palmeiras pelas quartas de final da Copa do Brasil. Segundo o dirigente, as receitas de bilheterias e da CBF ajudarão na questão.
– Hoje nós temos CLT em dia. O contrato do jogador, na grande maioria, é 70% CLT e 30% direito de imagem. O direito de imagem nós conversamos sempre com os atletas. Podemos atrasar dois, depois pagamos e fica um. Isso é acordado. Tivemos duas grandes bilheterias, contra Tolima e Palmeiras. Grande parte já está sendo pago o direito de imagem pendente. Contra o Palmeiras, na Copa do Brasil, eu já tenho esse comprometimento de acabar com a pendência.
Atrasar direitos de imagem não é algo inédito no São Paulo. O clube passou a maior parte do ano passado em débito com seus jogadores. Desta vez, contudo, os atrasos geraram ruído, com os líderes do elenco se reunindo e cobrando os dirigentes.
Conforme o LANCE! apurou, a situação interna foi o principal motivo dos dirigentes são-paulinos para desistirem de contratar o ponta Marinho junto ao Flamengo. Havia um entendimento claro entre os líderes do elenco: como poderia haver contratações a ‘peso de ouro’ se há pendências com o elenco.
A situação foi levada à diretoria, garantiram fontes ligadas aos jogadores ao L!. E, com a permissiva de que atletas podem entra na Justiça para obter a liberação do clube após três meses de dívida, ficou acertado que as receitas seriam para quitar as pendências. Uma reunião entre as partes selou que as rendas dos jogos contra Tolima e Palmeiras servirão para pagar parte das pendências.
E em análises internas, o Tricolor culpa os ‘calotes’ recebidos como os principais causadores dos transtornos relacionados a dinheiro. Segundo o clube do Morumbi, os atrasos de Vasco e Atlético-MG em pagar por parcelas acordadas no início do ano para as contratações do zagueiro Léo e o atacante Patrick, respectivamente.
– São situações que você vai trabalhando. Claro, não é correto, mas o que existe é uma cumplicidade boa. Os atletas confiam. Esse desajuste também é de recebíveis de outros clubes que eu não recebo. Como vou fazer se não tenho essa margem?. O ecossistema do futebol é sofrível, está errado – disse Casares
– O ecossistema do futebol é sofrível. Eu tenho um dinheiro para receber de um coirmão no dia 5, ele não vem, e não chegou até agora, gera esse desajuste. Temos um fluxo de caixa. Tenho lá um clube A, um clube B que não me pagam e atrapalha tudo. É esse ecossistema que está errado e brigamos para mudar – completou o mandatário tricolor.
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