Há poucas semanas da decisão da Copa do Brasil, a coalizão de oposição “Salve O Tricolor Paulista” fez uma proposta de alteração estatutária para a próxima eleição presidencial do São Paulo. A mudança tem a intenção de que sócios também participem da votação para o próximo mandatário do clube, não só os conselheiros, como está previsto no atual estatuto.
O andamento do pauta nos bastidores gerou incômodo dentro do clube. O debate sobre a mudança estatutária gera a impressão de que os opositores da atual gestão estejam mais preocupados com a política do clube do que com a possibilidade de o São Paulo conquistar um título inédito, que seria a Copa do Brasil.
A proposta deve ser votada na próxima terça-feira, mas há, inclusive entre os membros da coalizão “Salve o Tricolor Paulista”, quem acredite que o debate poderia ser levado ao Conselho Deliberativo em um outro momento, a fim de evitar que o foco da alta cúpula do clube não seja desviado em um momento tão decisivo da temporada.
O fato de a mudança estatutária, se aprovada, valer já para as eleições deste ano também incomodou membros da situação e sócios, já que os autores dessa proposta criticaram fortemente a gestão de Julio Casares quando foi aprovada a possibilidade reeleição presidencial para o atual mandatário. Na época, a oposição defendeu que a reeleição teria que valer apenas a partir do próximo mandato.
Outro fator que reverberou junto aos sócios foi a falta de transparência em relação ao requerimento. Apesar do documento constar que 50 conselheiros assinaram, não fica claro sobre quem aprovou o projeto.
Em meio a alterações no estatuto, o São Paulo se prepara para outra partida importante dentro de campo. O time entra em campo nesta quinta-feira, às 19 horas (de Brasília), contra a LDU, buscando avançar às semifinais da Sul-Americana.
Gazeta Esportiva
