Análise: São Paulo aprende com 2022, controla o Flamengo e abre vantagem com final eficiente

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GloboEsporte

Arthur Sandes

Vitória tricolor no Maracanã teve pressão controlada e atuação segura do time de Dorival Júnior

O São Paulo fez o jogo da temporada no último domingo, venceu o Flamengo por 1 a 0 e abriu vantagem na final da Copa do Brasil. Não foi uma vitória por acaso. A estratégia de Dorival Júnior foi correta, o Tricolor aprendeu com o que aconteceu no ano passado e conseguiu uma atuação segura no Maracanã.

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Flamengo 0 x 1 São Paulo – Melhores momentos – 1º jogo da final – Copa do Brasil 2023

No ano passado, nas semifinais da Copa do Brasil, o São Paulo pagou pela ineficiência. Jogou melhor no Morumbi, mas perdeu a classificação na desatenção com as individualidades do Flamengo, que decidiu com um passe de Éverton Ribeiro, um lance com Gabigol livre e um golaço de Cebolinha.

Dorival Jr. lembrava bem daquele jogo, afinal era o técnico rubro-negro na ocasião. Antes da final deste domingo, ele disse ao sportv que esperava o São Paulo “usando tudo o que aconteceu no ano passado”. Dito e feito.

Time do São Paulo comemora após vitória por 1 a 0 diante do Flamengo, pelo jogo de ida da final da Copa do Brasil — Foto: André Durão

Time do São Paulo comemora após vitória por 1 a 0 diante do Flamengo, pelo jogo de ida da final da Copa do Brasil — Foto: André Durão

O Tricolor fez um primeiro tempo exemplar: não permitiu um chute sequer do Flamengo e levou perigo quando escolheu acelerar o jogo. Foi um time à vontade na final.

Foram duas chegadas com Nestor pela esquerda, onde Gabigol não voltava para ajudar a marcar. Na terceira, Calleri castigou o posicionamento ruim da defesa – um clássico do Rubro-Negro na temporada. Um gol de cabeça na segunda trave, semelhante a como o Flamengo abriu o placar no Morumbi em 2022.

Calleri sobe para cabecear em Flamengo x São Paulo — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Calleri sobe para cabecear em Flamengo x São Paulo — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

O segundo tempo foi diferente. O Flamengo teve que insistir mais, e o São Paulo esperou para jogar com o relógio. Quando ficou sufocado, Dorival renovou o meio-campo com substituições e amarrou a final. Houve alguma pressão, sim, mas o Tricolor foi inteligente, esfriou e não deixou o Maracanã inflamar.

No geral, a estratégia de Dorival tornou o São Paulo seguro, mesmo quando não teve a bola. Foi sólido na bola aérea, limitou a criatividade do Flamengo e errou bem pouco. Nem um passe errado perigoso de Gabriel Neves virou problema, e o Tricolor voltou do Rio de Janeiro em vantagem.

Dorival também havia avisado antes do jogo que a derrota para o Internacional “não condizia” com o que o São Paulo mostraria no Maracanã. Tinha toda a razão. A começar por Nestor, reserva no meio de semana, que voltou ao time para dar uma assistência.

A formação funcionou, o nível de concentração no Maracanã foi digno de um finalista, e o São Paulo criou boas condições para tentar o título inédito no domingo que vem, às 16h, no Morumbi.

Escolhas de Dorival deixaram o São Paulo mais perto do título inédito — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Escolhas de Dorival deixaram o São Paulo mais perto do título inédito — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

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