O São Paulo corre contra o tempo para definir o substituto de Dorival Júnior. Treinadores brasileiros e estrangeiros estão sendo avaliados pela diretoria, mas existem alguns fatores que pesam contra a chegada de um profissional vindo de fora do País.
A experiência da diretoria tricolor com Hernán Crespo faz com que algumas questões sejam consideradas antes de “bater o martelo” em relação ao novo treinador do São Paulo. O técnico argentino foi campeão paulista em 2021, eternizou seu nome na história do clube, que encerrou uma fila de mais de oito anos, mas o desempenho da equipe no segundo semestre acabou comprometendo sua continuidade no cargo.
Há o entendimento de que Hernán Crespo e sua comissão técnica não souberam lidar muito bem com a grande quantidade de jogos do futebol brasileiro e as longas viagens pelo País, o que acabou causando um forte desgaste do elenco, lesões e um desempenho dentro de campo aquém das expectativas.
Contratar um novo treinador estrangeiro, em uma temporada com ainda mais jogos que a anterior, incluindo uma decisão logo no início da temporada, contra o rival Palmeiras, significa assumir alguns riscos. O problema é que apostar justamente na temporada em que o São Paulo volta à Libertadores não soa como uma boa ideia.
Fato é que a diretoria não tem muita escolha. Juan Pablo Vojvoda, um dos poucos nomes que não seriam apostas, recusou a possibilidade de deixar o Fortaleza e se transferir para o São Paulo. Pedro Caixinha, do Red Bull Bragantino, idem. Por isso, seja brasileiro ou estrangeiro, a escolha do Tricolor, inevitavelmente, será, sim, uma aposta.
Enquanto não há uma definição sobre o substituto de Dorival Júnior, o filho do treinador, que também é seu auxiliar, Lucas Silvestre, comanda a pré-temporada do São Paulo no CT da Barra Funda, mas de malas prontas para se juntar ao seu pai na Seleção Brasileira.
GazetaEsportiva