Craque de seleção? Números de James mostram que não é bem assim

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Rafael Reis – UOL

“Como é bom esse camisa 10 da Colômbia. Bem que algum clube brasileiro poderia contratá-lo.”

A frase acima, reproduzida exatamente dessa forma ou com alguma variação nas palavras escolhidas, tem sido repetida frequentemente por torcedores brasileiros nas redes sociais desde o início da Copa América.

Sim, eles sabem perfeitamente que o dono do número normalmente reservado aos craques da seleção colombiana é James Rodríguez, que já atua no futebol brasileiro desde julho passado.

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O lance é ressaltar a ironia de que o James que o torcedor do São Paulo conhece (tem um gol e uma assistência no ano e já é tratado como fracasso no Morumbi) é bem diferente daquele que tem sido o grande responsável pela boa campanha colombiana na Copa América e o jogador mais temido pela seleção brasileira no confronto desta noite, a partir das 22h (de Brasília), em Santa Clara, pela última rodada do Grupo D.


Craque de seleção?
Essa não é a primeira vez que James, responsável pelo passe decisivo em três dos cinco gols marcados pela Colômbia no torneio continental, é tratado como um “craque de seleção”, aquele cara que só joga bem quando defende seu país.

Mas, curiosamente, os números levantados pelo “Blog do Rafael Reis” mostram que, com exceção da atual passagem pelo São Paulo (realmente um momento de baixa na sua trajetória), o camisa 10 não costuma render tão diferente assim em sua equipe nacional e nos clubes pelos quais atua.

O colombiano teve média de assistências superior à sua marca na seleção (0,29 por partida) em seis dos nove times que defendeu ao longo da carreira. Além disso, no Porto, no Real Madrid e no Al-Rayyan, balançou a rede com maior frequência do que quando joga ao lado dos compatriotas (0,26 por partida).

Vale o 1º lugar
O confronto entre Brasil e Colômbia vale o primeiro lugar do Grupo D e a chance de fugir do Uruguai no confronto das quartas da Copa América.