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Brunno Carvalho
O sucesso precoce de Alex fez com que ele não tivesse a experiência de disputar a Copa São Paulo como jogador. Alçado ao profissional do Coritiba aos 16 anos, ele pulou a etapa que vai reencontrar a partir do dia 5 de janeiro. Agora técnico do sub-20 do São Paulo, o ex-meia estará pela primeira vez na disputa da competição. O tradicional torneio de base encerrará a primeira temporada de Alex como treinador. Contratado no início do ano para comandar o sub-20 são-paulino na gestão de Julio Casares, ele considera que a Copa São Paulo é o fim do ciclo de 2021, não o começo de 2022. Na atual temporada, o São Paulo ficou com o vice-campeonato brasileiro da categoria, sendo derrotado pelo Inter na final.
“Para mim o ano acaba na Taça São Paulo. Pouquíssimos jogadores do time que a gente vai levar para a competição não estiveram comigo nessa temporada. Apenas dois deles não participaram dos torneios do ano, todos os outros jogaram o Campeonato Paulista, o Brasileiro”, analisou, em entrevista exclusiva ao UOL Esporte. Dentre os que tiveram com Alex ao longo da temporada, Juan será o grande desfalque para a competição. O atacante agradou a comissão técnica do time principal nas chances que teve e foi chamado por Rogério Ceni para integrar os profissionais desde o início da pré-temporada.
“Nós decidimos o Brasileiro contra o Inter em um domingo. No dia seguinte, fizemos uma reunião e montamos a lista com 40 anos. Essa lista foi para a Barra Funda para que o Rogério analisasse e visse os jogadores que ele imaginava que pudessem estar no profissional. Quando a lista voltou, ela voltou sem o nome do Juan”, explicou. O São Paulo é tetracampeão da Copinha e busca voltar ao topo três anos depois da conquista de 2019. A competição será a chance de Alex conseguir seu primeiro título como profissional, encerrando uma temporada que considerou “extremamente positiva”.
“Tudo era novo para mim quando eu cheguei. Nunca tinha dado um treino, nunca tinha comandado uma comissão técnica, nunca tinha enfrentado outras equipes, nunca tive que imaginar um time, nunca tive que imaginar substituições. E esse ano eu tive que fazer mais de 40 vezes. É de um aprendizado muito grande e super positivo. Aquilo que eu combinei com o Muricy, que me contratou lá atrás, foi cumprido de maneira muito fiel, tanto da parte do São Paulo quanto minha. Quando eu cheguei, o pedido do clube é para que eu pudesse ajudar alguns jogadores para que a gente elevasse o nível de alguns porque a expectativa era de que esse time nem se classificasse entre os 8 melhores do brasileiro”, prosseguiu.
Futuro técnico do profissional do São Paulo? A chegada de Alex ao São Paulo trouxe uma expectativa sobre o futuro. Mesmo sendo o primeiro trabalho dele na função, o ex-meia carrega um peso de em breve assumir o time principal. O prognóstico foi feito pelo próprio presidente Julio Casares em mais de uma oportunidade.
“O Alex está fazendo um grande trabalho, é um profissional promissor, mas entre ele chegar e assumir a titularidade como técnico do time principal leva-se um caminho, uma estrada. Ele está no início da estrada. Nós esperamos que quem sabe um dia ele venha a assumir [o profissional], assim como o Muricy foi auxiliar do Telê, andou por alguns clubes e depois assumiu. Acho que ele tem tudo para assumir, mas acredito que ainda seja uma estrada um pouco mais longa”, disse Casares, ao UOL Esporte, depois do sorteio do Paulistão em novembro.
O futuro não é algo que incomode Alex. O treinador evita fazer projeções sobre os profissionais e diz que o momento é de focar em seu trabalho com a base. “Não me sinto pressionado de maneira nenhuma. Me sinto lisonjeado de um presidente de um clube tão grande como o São Paulo citar meu nome como essa possibilidade. Vai acontecer? Não sei, e nem me preocupo com isso. A minha preocupação é exclusiva em fazer com que meu time seja organizado, equilibrado e possa jogar de uma maneira satisfatória”, completou.
O São Paulo está no Grupo 21 da Copinha, ao lado de CSE, Perilima e São Caetano. O time do Morumbi estreia no torneio no dia 5 de janeiro, contra o CSE.
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