GazetaEsportiva
Daniel Alves foi um dos principais alvos dos torcedores irritados com a eliminação do São Paulo para o Mirassol, visto que o jogador tem o salário mais alto do elenco. Nesta terça-feira, o camisa 10 concedeu entrevista coletiva e falou sobre os problemas que teve de enfrentar desde que assinou com o Tricolor.
Perguntado sobre seu grau de satisfação com o São Paulo após um ano completo no clube, Daniel Alves não demonstrou arrependimentos, mas revelou que desembarcou no Brasil com expectativas baixas.
“O São Paulo cumpre minha expectativa, até porque eu baixei muito ela. Apesar disso, o clube tem instalações que poucos times têm no Brasil e pelo mundo. Tem ideias e conceitos de trabalho que me atendem. Também não posso chegar aqui com toda a experiência de todos os grandes clubes que passei e achando que seria só isso, não seria estúpido”, afirmou o atleta.
Daniel Alves também minimizou o peso de seu salário em relação a seu desempenho dentro de campo. O experiente jogador reconhece que o Tricolor enfrenta problemas pela falta de parceiros financeiros, porém destaca que pode gerar grandes resultados esportivos para o clube.
“Desde que eu saí de casa, eu não jogo futebol por dinheiro. Eu jogo futebol para poder dar uma melhor vida para minha família, para meu entorno. Então, quando eu decidi vir para o São Paulo, eu sabia dos problemas que o clube tinha e sabia que teria que ter a ajuda de alguns parceiros, senão iria gerar uma dificuldade para o clube”, disse Daniel Alves.
“Eu acho que fui o jogador que mais deu resultado na história do futebol e que menos ganhou dinheiro, porque minhas decisões não em função de dinheiro, e sim de sentimentos, de sentir que eu vou entrar no lugar e construir alguma coisa ali. Meu nome de revolucionário fica marcado por onde eu passo”, completou.
Redução salarial durante a pandemia
Outro assunto bastante comentado no último mês foi a redução dos salários recebidos pelos jogadores durante a pandemia do coronavírus, já que as condições financeiras do São Paulo foram ainda mais fragilizadas. Daniel Alves garantiu que não foi contra a medida em nenhum momento, explicando por que aceitou o corte de seus vencimentos.
“Eu fui um dos primeiros a tentar aceitar a redução de salários, não porque as pessoas estavam desempregadas. Simplesmente porque o meu sentimento era de que eu não poderia estar falando de dinheiro enquanto pessoas estavam passando por problemas gravíssimos, morrendo”, pontuou Daniel Alves.
“Sei que o clube tem problemas e dificuldades, mas se eu tiver que resolver alguma coisa, será em respeito à instituição e às pessoas que me trouxeram até aqui. Se as pessoas quiserem fazer um pandemônio sobre isso, não posso fazer nada. O que posso fazer é respeitar o clube e ver até onde chega meu limite com isso. Enquanto eu defender essas cores, vou defendê-las da maneira que eu entendo que se defende uma profissão, respeitando todos os profissionais que vêm trabalhar aqui todos os dias com essa loucura toda”, finalizou.
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