Eu não tenho capacidade para ser gestor de um clube de futebol do tamanho do SPFC, mas como uma pessoa que escreve semanalmente sobre o clube, posso dizer muitas das besteiras que tanto fizeram no comando do departamento de futebol deste clube gigante.
Das péssimas contratações de treinadores e jogadores a dispensas de grandes profissionais que passaram pelo SPFC nos mais variados departamentos, o assunto é sério por demais. O que vem marcando o SPFC não é outra coisa senão as péssimas administrações. Coisa parecida vemos em outros clubes de futebol e em grandes estatais também. O que as estatais têm em comum com um clube de futebol? Elas não têm donos. Infelizmente não se cobram responsabilidades dos seus gestores. Os grupos políticos comandam os clubes e as estatais. Infelizmente os profissionais não estão nos comandos, estão apenas na operação, ou seja, precisam fazer das tripas que recebem um bom coração. Nem sempre isso trás os resultados que esperamos.
O que acontece no clube hoje é o fruto do passado. E não adianta entrar um grupo bom hoje, pois logo eles saem e outro grupo assume. São os políticos, esta doença nacional. Nas empresas privadas a coisa é completamente diferente, afinal, o Itaú nunca foi para a segunda divisão, nem a Dell computadores, e se for, um bom contrato pré-estabelecido, tira a gestão incompetente da empresa, inclusive se estiver administrando o SPFC, é bom que se diga. Meu papel é só torcer, mas venho achando pouco e por isso tento, através desta reflexão semanal aqui no SPNet, passar um pouco do que penso sobre a administração de uma empresa que poderia vir a ser o SPFC em seu departamento de futebol.
Eu cheguei ao ponto do insuportável, pois transformar o SPFC é muito fácil, desde que pegue a estrada correta. Uma empresa com este patrimônio físico de estádio e CTs, um mercado consumidor formado pela terceira maior torcida do país, um estádio enorme com metrô na porta, um passado gigante e perspectiva de futuro de sucesso não pode continuar a viver sob administrações políticas catastróficas.
É passada a hora de nós, torcedores, exigirmos uma total transformação no SPFC, para o caminho de glórias do passado ser retomado. A torcida vai lá fazer reunião com os coitados dos jogadores, que são os frutos, os empregados contratados pelos verdadeiros responsáveis pelas catástrofes vividas nos últimos anos. É com os gestores que a sala deveria ser fechada com os torcedores dentro e um caminho ser exigido.
Eu estou convencido de que um piloto de teco-teco não pilota um boeing. Um avião a jato chamado SPFC. Juvenal, Leco, Natelzinho e o Casares são mais do mesmo. O caminho de um gigante chamado SPFC é o caminho que seguiu o PSG e o Liverpool, para citar apenas dois exemplos.
Chega de ver gente sem capacidade administrativa no comando de uma organização gigante como o SPFC por vaidade ou interesses pessoais, inclusive a paixão pelo clube. O assunto deveria ser profissional.
O SPFC merece!
Salve o tricolor paulista, o clube da fé.
Carlito Sampaio Góes