Salve nação tricolor.
Esta é uma coluna especialmente escrita ao Dorival Junior.
Profissional tido como experiente, agregador, bom de lidar com atletas de base, campeão estadual em 5 estados diferentes, uma Copa do Brasil e uma Recopa no currículo.
Não é nenhum técnico top, mas o desgaste terrível oferecido pela diretoria do SPFC ao ídolo Rogério Ceni e sua comissão técnica, fizeram com que a troca de treinador fosse inevitável.
O ideal seria a permanência do M1to como coordenador, o cara que conhecesse o São Paulo, agregando valor e DNA tricolor à chegada de Dorival, em plena crise e quase no meio do campeonato brasileiro, onde o SPFC já respirava por aparelhos.
Demitiram Ceni, seus estrangeiros com certificação UEFA e Dorival trouxe sua própria comissão (o que é natural).
Porém, tanto pro ídolo são-paulino, quanto para o recém-chegado, o mesmo problema: amadorismo do diretor de futebol e fracassos históricos do presidente, na gestão de elencos.
Quase sempre, estão lá Leco e Pinotti andando pelos gramados do CT, sendo que teriam mais o que fazer. Administrar com competência o São Paulo, por exemplo.
Mas o papo aqui é com Dorival, perdido nesse tiroteio de incapacidade.
Seguinte treinador, leia uma história que aconteceu com outra lenda do SPFC, Muricy Ramalho. Inclusive, estamos em campanha para que ele seja o coordenador contigo, amenizando um pouco o deslumbramento e desconhecimento do diretor de futebol.
2008, o SPFC conquistou o tri-hexa brasileiro. Tirou diferença de 11 pontos em um turno. Consagrador e definitivo.
Mas não pense que foi fácil e harmônico. O SPFC vinha de 2 títulos nacionais e estava acomodado no primeiro turno. Sem contar fracassos sucessivos de Libertadores, eliminado sempre por rivais nacionais.
Então, após um jogo enfadonho e modorrento em Minas Gerais, contra o Atlético Mineiro, o saudoso e polêmico Juvenal Juvêncio entrou em cena. Foi ao CT (onde o presidente só deveria ir em necessidade, não é campo de golfe pra passear), reuniu elenco e Muricy e comeu o toco geral. Não poupou ninguém. Exigiu treinamentos em dois períodos e prometeu limar quem não se dedicasse. Resultado do pulso firme: reação e título.
2017, o SPFC em penúltimo lugar no Brasileirão. Precisando não mais de si mesmo, mas já dependendo de outros resultados dos piores times do certame, para não cair.
E Dorival Junior dá folga após perder um clássico, tomando 4 gols?! Está louco, cara?!
O São Paulo precisa de hierarquia e austeridade nesta situação tão crítica de sua história.
Bundões sem pulso e sem comando não trarão reação alguma. Isso vale para o presidente, para o diretor e para o treinador.
A total falta de respeito e reconhecimento do elenco ao potencial dos seus dirigentes já é de domínio público. O plantel já sabe que Leco sempre fracassou pela mediocridade, que Pinotti não é apto para o cargo que ocupa (conhecimento boleiro nulo) e que Dorival começou dando corda demais aos descompromissados.
Jogador de futebol, hoje em dia, se não é comandado, comanda. Pra piorar, o São Paulo tem um elenco viciado, com certos “profissionais” que são uma vergonha de atitude e caráter. Alguns precisavam ir pra rua, serem negociados durante a janela, mas falta comando pra isso.
Já que é um caos, ao menos, que ocorra disciplina. Folga é o caralho, com o perdão do palavrão. Deveriam treinar de manhã e a tarde, pra aprenderem que esta camisa é tricampeã do mundo e estão agindo feito moleques.
A torcida segue fazendo seu papel. Mas está no limite da tolerância.
Ou reage agora, ou segura.
Saudações Tricolores.
Carlos Port, idealizador do projeto Opinião Tricolor. Dois bacharelados na profissão de administrador, especialização em comunicação, neto e filho de são-paulinos, paulistano, patriota. No Twitter: @carlosport
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o Dorival Junior não vai sacar o Rodrigo Caio devido a interferência da diretoria para conseguir um time que interesse como fizeram com o Lucão.
Falou tudo, apenas não concordo que o RC tinha que ficar como coordenador. RC foi bom como jogador, como treinador não deu certo e é um cara de difícil convivência, não sabe lidar com pessoas é arrogante e muito dono da verdade. Foi assim como técnico e como jogador. Pode ter certeza que se ele não mudar muito a carreira de treineiro começou e terminou no Morumbi.
Mas sem dúvida que o time esta sem comando, era sabido que o Dorival não seria o cara pra “domar” o elenco, precisamos de alguém com autoridade no assunto, Muricy sem dúvida cairia como uma luva em nossos bastidores. Luiz Cunha foi bem no cargo também, porém não sei se trabalharia com esta diretoria.