O ano de 2018 foi marcante para a torcida do São Paulo. De um começo péssimo, quando perdemos Hernanes em um contrato absurdo feito pela diretoria a esperança do título brasileiro com um elenco limitadíssimo, vivemos um furacão de emoções.
Saímos de um péssimo Dorival Júnior para um “esperançoso” Aguirre que, infelizmente, está refugando na reta final. Ou melhor, refugou, na reta final. Não há mais chance de títulos e vejo algumas razões para isso.
Serei breve, afinal, o tema de hoje não é bem esse. A primeira razão que vejo é o elenco fraco. E não é exagero. É fraco. O ataque não tem boas opções e a meia, então, é sofrível.
Outro ponto que vejo como determinante para a perda do título são as improvisações exageradas do Aguirre. Claro que, quando dá certo, ele é um gênio, mas quantas vezes deu certo? Uma, duas? Apesar de ser um grande defensor dos meninos da base, na questão de proteção e colocação dele aos poucos, chega um momento em que não há mais possibilidade e eles precisam jogar.
Ficar improvisando Bruno Peres e Reinaldo nas pontas não é uma decisão inteligente e, pior que isso, nos fez perder pontos preciosíssimos. No meu modo de ver, a meta estabelecida pela diretoria é correta: sem vaga direta na Libertadores, sem manutenção do treinador no time.
Além disso, a saída do Nenê do time é meio inexplicável. Mesmo sem o veterano render o que se espera dele, ainda é o melhor meia que temos e precisa jogar. Se aconteceu alguma coisa interna, isso também tem que ser resolvido. E o quanto antes. Quem perde com isso é o São Paulo e o clube é maior que o ego de qualquer um. Não vou falar nada do Sidão e do Jean, para mim, dois jogadores limitados. Precisamos de um goleiro.
O trabalho de Raí, Ricardo Rocha e Lugano será intenso nesse final de ano e começo de 2019. Precisaremos de goleiros, laterais, meias e atacantes. E teremos que acertar, como acertamos com o Rojas. É trabalho que não acaba mais, principalmente se quisermos títulos e não ser mais um figurante ou cavalo paraguaio, como fomos nesse 2018.
E vida longa à Cotia. Que Luan, Helinho e Liziero tenham espaço no time ano que vem e que surjam outros com igual potencial. Precisaremos. O Paulista será FANTÁSTICO para esses meninos jogarem.
As manifestações políticas
Não costumo falar muito do tema por aqui, mas o assunto surgiu essa semana e não poderia deixar passar, seria até covardia. O Raí se manifestou em uma entrevista e o Diego Souza comemorou homenageando o presidente recém-eleito. O que eu penso disso? Penso que é o direito deles.
As manifestações políticas de atletas não é novidade e, claro, marcaram a história do mundo moderno como o conhecemos. Respeito os dois, tanto o Raí por defender o que acha certo, como o Diego Souza por comemorar com sua consciência. E a torcida precisa respeitar isso também. É a democracia. Vi comentários ridículos de torcedores falando bobagens absurdas do Raí, assim como vi ofensas pessoais sem nexo ao Diego Souza. Bom senso é a palavra.
PS: o clube também está no seu direito de dizer que a posição do jogador não representa sua posição. Segue o jogo!
É isso!
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Abrahão de Oliveira é jornalista, formado pela Universidade Metodista de São Paulo, dono da @spinfoco e são-paulino desde que se conhece por gente. Acredita que os tempos de glória do time voltarão logo e, se não voltarem, torce pela moeda caindo em pé.
Mais um golaço Abrahão!
Precisamos avaliar também que em 2019 teremos eleição para presidente do SPFC.
Uma oportunidade para iniciarmos um ciclo vitorioso.
Espero que tenhamos alguém como Marcelo Portugal Gouvea (em 30 de novembro serão 10 anos da morte do melhor presidente dos últimos 30 anos).
Que tal uma coluna lembrando dele?