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Jonathan Calleri embarcou nesta segunda-feira rumo à cidade de São Paulo. Contratado para defender o Tricolor na disputa da Copa Libertadores, o atacante deixou claro a jornalistas argentinos que não gostaria de ter deixado o Boca Juniors no primeiro semestre desse ano. Após ser comprado da equipe xeneize por um grupo de empresários, Calleri foi emprestado por seis meses ao São Paulo antes de se transferir para o futebol italiano.
“Eu decidi ficar [no Boca]. Cada um vai dizer o que for mais conveniente. Eu tive que ir jogar no São Paulo. Por mais este seja um clube grande, eu gostaria de jogar a Copa Libertadores [pelo Boca]”, disse o jogador, em declarações reproduzidas pelo jornal Olé.
“Como eu sempre disse, a minha ideia era ficar no clube. Expressei a minha vontade ao Daniel [Angelici, presidente do Boca] e ao Vasco [apelido de Rodolfo Arruabarrena, técnico da equipe]. Eles me deram as suas opiniões. Queria ser vendido e ficar para jogar a Libertadores. Há coisas no meio do caminho, cada um vai dizer a verdade. Eu queria ter ficado para jogar a Libertadores”, acrescentou o atacante de 22 anos.
A ideia inicial dos empresários que adquiriram Calleri era transferi-lo para a Inter de Milão, mas o atacante não tem cidadania italiana e o clube não possui mais vagas para inscrever jogadores estrangeiros. A transação, então, foi adiada para a próxima janela de transferências para o atleta reunir a documentação necessária para a emissão do passaporte europeu. Para evitar que o atacante argentino ficasse sem atuar nos próximos seis meses, o empréstimo para o São Paulo foi a saída encontrada pelas partes interessadas na ida de Calleri à Itália.
O Atlético-MG surgiu como um dos interessados em contar com o jogador nesse período, mas o São Paulo teve a ajuda do técnico argentino Edgardo Bauza para superar a concorrência do rival. Embora o Galo tenha apresentado uma proposta financeira superior, Calleri foi convencido pelo treinador de que o Tricolor seria uma oportunidade melhor para o seu futuro imediato. Entre os pontos apresentados por Bauza está a garantia de que ele poderá conquistar a titularidade na Copa Libertadores com mais facilidade.
“Está definido de uma vez por todas. A verdade é que estou muito contente de ir ao São Paulo. Vou tratar de dar o meu melhor. Lutarei por uma vaga também. Muito [da ida ao São Paulo] tem a ver com o Patón”, disse Calleri, citando o apelido pelo qual Bauza é conhecido na Argentina. Apesar de ter vínculo de seis meses com o Tricolor, o contrato do jogador prevê a extensão de sua permanência no Morumbi caso o time avance às fases finais da Libertadores – a decisão está prevista para julho.