Entenda os motivos que fizeram Diniz aprovar retorno de Jucilei ao São Paulo: “Sempre gostei”

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GloboEsporte

Eduardo Rodrigues e Marcelo Hazan 

Afastado há três meses com Cuca, volante volta a fazer parte do grupo e terá oportunidade.

Fernando Diniz conta com Jucilei no São Paulo. Reintegrado na última terça-feira, o volante havia sido afastado do grupo no fim de junho. Na ocasião, ele, Nenê (hoje no Fluminense) e Bruno Peres (Sport) foram liberados pelo Tricolor com aval do então técnico Cuca e da direção para definirem seus futuros.

– Em primeiro lugar: tecnicamente é um jogador que me agrada muito. Sempre gostei do Jucilei como jogador. Ele estava afastado, mas tem boa condição física natural. Biotipo dele é muito bom. Chegou magro. Não chegou acima do peso. Está integrado. É querido por todos no São Paulo: diretoria e jogadores. Eu perguntei. É muito bem-vindo. Tenho certeza que vai nos ajudar bastante – disse Fernando Diniz, após o empate sem gols com o Bahia, na última quarta-feira.

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Jucilei foi reintegrado ao São Paulo na última terça-feira — Foto: Marcelo Hazan

Na época da liberação de Jucilei, Cuca queria mudar o perfil do elenco, e o São Paulo pensava em diminuir o gasto com a folha salarial. Agora, a volta do volante ao grupo foi aprovada por diretoria, comissão técnica e atletas. Alguns fatores tiveram influência nesse retorno:

  • Falta de propostas: não houve uma negociação concreta para a saída de Jucilei. Apenas consultas e sondagens. Havia uma possibilidade de um clube na Turquia, mas não avançou.
  • Saída difícil: a composição para uma saída de Jucilei não era fácil. O volante de 31 anos tem contrato até dezembro de 2021. Ele também não queria rescindir seu vínculo. Após o fechamento das janelas de transferências, a possibilidade de retorno passou a ser considerada pela diretoria, ainda sob o comando de Cuca. O volante possivelmente não seria reintegrado com o antigo treinador, mas seria chamado para voltar a treinar no CT em horários separados, pois não houve negócio.
  • Custo: o São Paulo contratou Jucilei definitivamente da China por cerca de R$ 4,6 milhões em 2017 (em um primeiro momento ele se transferiu por empréstimo). O clube acertou um contrato de quatro anos, diferentemente de Nenê e Bruno Peres, cujos vínculos terminariam em dezembro. Ou seja, o clube continuaria pagando seus salários por tempo indeterminado sem usá-lo, caso ele não fosse reintegrado. Seu custo é considerado alto para que ele fosse “descartado”. Ele continuou recebendo normalmente durante os três meses de afastamento.
  • Conversa com Fernando Diniz: Jucilei chegou a recolher seus pertences no CT da Barra Funda. Liberado para sair no fim de junho, ele passou a treinar fisicamente no Rio de Janeiro de forma particular, pois queria estar pronto para caso fosse chamado de volta. Após a saída de Cuca e a contratação de Fernando Diniz, ele passou a treinar em horários alternativos. Depois, conversou com o treinador sobre a volta. A ideia é que ele tenha a oportunidade de recuperar seu espaço.
  • Comportamento: Jucilei chegou ao São Paulo no começo de 2017 e não tem histórico de problemas. Pelo contrário. O volante era considerado um dos líderes do grupo entre 2017 e 2018. O único episódio com o jogador ocorreu no fim de 2017, quando ele reclamou de uma substituição e depois pediu desculpas ao então técnico Dorival Júnior.
Fernando Diniz aprovou a volta de Jucilei ao São Paulo — Foto: Divulgação / saopaulofc.net

Fernando Diniz aprovou a volta de Jucilei ao São Paulo — Foto: Divulgação / saopaulofc.net

Jucilei não joga desde 21 de abril, quando o São Paulo enfrentou o Corinthians na final do Paulistão. Ele fez sete partidas na temporada. No atual elenco do São Paulo, o volante disputará posição com Liziero, Tchê Tchê, Luan e Hudson.