Goleiro do rival do São Paulo na Liberta fez história na Sul-Americana

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  • Paolo Aguilar/EFE

    Salomón Libman é goleiro do Cesar Vallejo (PER)

    Salomón Libman é goleiro do Cesar Vallejo (PER)

Se o São Paulo jogará sua primeira edição de Copa Libertadores da América sem Rogério Ceni após 23 anos, o Cesar Vallejo (PER) seguirá se apoiando na idolatria a seu goleiro titular para tentar fazer história no torneio internacional.

O arqueiro da equipe peruana é Salomón Libman, dono da posição em Trujillo há quatro temporadas e que já alcançou o posto de reserva na seleção do Peru nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.

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E parte da relação de ídolo dos torcedores com o goleiro vem justamente de um confronto contra uma equipe brasileira, há um ano e meio, na Copa Sul-Americana.

Na ocasião, o Cesar Vallejo encarou o Bahia nas oitavas de final e a decisão ficou para as penalidades máximas após uma vitória por 2 a 0 para cada lado. No estádio Mansiche, Libman defendeu quatro cobranças e ainda converteu seu pênalti, garantindo o triunfo suado dos “poetas” por 7 a 6.

Libman, que se tornaria capitão e ídolo da equipe, acabou sendo eliminado na fase seguinte pelo Atlético Nacional (COL) de Juan Carlos Osorio. Os colombianos, inclusive, também eliminaram o São Paulo na semifinal do torneio.

Vale lembrar que o goleiro é constantemente convocado para a seleção peruana. Foi reserva de Gallese na campanha da Copa América-2015 e atualmente é o segundo reserva do selecionado nas eliminatórias para a Copa de 2018.

Confira bate-papo com o goleiro Salomón Libman, do Cesar Vallejo:

O São Paulo era o pior adversário para o Cesar Vallejo ter de encarar logo nesta primeira fase?

É difícil dizer alguma coisa, mas é claro que sabemos que se trata de um rival muito duro, muito complicado, que se reforçou muito bem e em que sempre se aposta alto. Apesar disso, é um confronto eliminatório de 180 minutos e é preciso jogá-lo antes de dizer qualquer coisa.

O que conhece do São Paulo?

Sabemos que contrataram um grande técnico como Edgardo Bauza, que Lugano voltou ao clube e que contrataram Mena. Também sabemos que são muito fortes no jogo aéreo. Sem dúvida é um dos melhores clubes do continente, porque já ganhou de tudo por aqui.

Com qual mentalidade deve jogar o Cesar Vallejo na quarta-feira contra um rival tão poderoso historicamente como o São Paulo?

No campo, são 11 contra 11 e é por isso que temos que jogar de igual para igual com eles nas duas partidas. Claro que respeitamos a história que eles têm, mas nós temos nossas próprias armas para vencer este confronto.

Quais características de seu time merecem ser destacadas? Quais são essas armas?

Nosso time gosta muito de jogar pelas laterais do campo. No ataque, contamos com jogadores de referência dentro da área. Mas é isso, não posso te dizer muito mais (risos).

Consegue ver o Cesar Vallejo saindo deste confronto com uma classificação histórica?

Quase todos nos apontam como já eliminados da Libertadores. Mas nós não. Nós confiamos porque temos jogadores em nossa seleção nacional e que já estão acostumados com este tipo de partida decisiva. Não sei o que irá ocorrer no fim, só sei que temos 180 minutos pela frente e que não há margem para cometermos erros.