Memórias Tricolor #42 – Raça e Amor a Camisa Tricolor

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É possível um jogador receber um cartão amarelo antes mesmo de o jogo começar?

Resultado de imagem para Chicão spfcFrancisco Jesuíno Avanzi nasceu em Piracicaba no interior de São Paulo em 30 de janeiro de 1949, Chicão como ficou eternamente conhecido, começou trabalhando como aprendiz de torneiro-mecânico em uma fábrica de Piracicaba, porém gostava mesmo era de jogar pelo time amador da cidade chamado de “Filhos de Funcionários”. Em 1967 foi aprovado em uma peneira no São Paulo, mas acabou preferindo ingressar nas categorias de base do XV de Piracicaba. Jogando pelo juvenil chamou atenção do treinador da equipe profissional Cilinho que o subiu para o time profissional. Jogava como meia armador, mas não conseguiu se firmar.

Sem conseguir se firmar no XV de Piracicaba, Chicão foi emprestado ao União Barbarense de Santa Barbara d’Oeste, cidade vizinha a Piracicaba, no União se tornou titular e logo foi para o São Bento de Sorocaba e despertou o interesse dos dirigentes da Ponte Preta de Campinas que desembolsaram 150 mil cruzeiros. Na Ponte Preta jogou em 72 e 73 e teve a felicidade de reencontrar o técnico Cilinho que o colocou como volante, e então Chicão encontrou a posição em que iria se consagrar. Ao final de 1973 a diretoria do São Paulo deu início a negociação para contratar o volante, que também interessava ao Palmeiras. Em uma grande negociação para a época o São Paulo venceu comprando da Ponte Preta os passes de Waldir Peres e Chicão por 600 mil cruzeiros, Chicão custou 450 mil cruzeiros para o Tricolor.

Ao chegar ao Morumbi, Chicão disparou:

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“Agora estou no clube em que deveria estar desde o início da minha carreira.”

Ao todo fora sete anos, Chicão alcançou 142 vitórias, 11 empates e 59 derrotas, marcou 19 gols, isso em 312 jogos, dos quais podemos dizer ao invés de jogos batalhas, pois para Chicão cada jogo era muito importante e ele se entregava de corpo e alma. Chicão sempre foi o maior exemplo de raça e entrega que um jogador teve com seu time. Seu amor ao São Paulo era destacado em suas atitudes. Para ele a camisa Tricolor se tornava uma armadura e ai de quem ousasse desrespeitá-la ou tentar humilhar algum jogador do elenco com uma jogada mais debochada, era entrada forte para todo lado.

Em 1974 recém-chegado disputou a Libertadores da América quando o São Paulo ficou com o vice-campeonato. Em 1975 o primeiro título de sua carreira, Campeão Paulista. Em 1977 a maior glória até então do São Paulo, o Campeonato Brasileiro, quando na partida final Chicão foi considerado o melhor jogador em campo. Nessa partida o jogador Ângelo do Atlético quebrou a perna e a torcida acusou Chicão em ser o responsável, porém a lesão ocorreu em carrinho dado por Neca. Virou inimigo da torcida atleticana que teve que engoli-lo quando foi para o Galo em 1980, foi campeão mineiro em 80.

Em 1976 o São Paulo tinha um jogo difícil contra o Palmeiras, e Chicão não vacilou, chegou perto do arbitro José de Assis de Aragão e disse: “‘Vê se apita direito essa porcaria.” Aragão não teve dúvidas e sacou o cartão amarelo para o nosso volante. Chicão entrou para a história…

Por sua raça, Chicão merece muitas colunas como a partida pela Seleção Brasileira em 1978, além de outras grandes batalhas.

Em 8 de outubro de 2008, após uma longa luta contra um câncer de esôfago nosso herói foi jogar pelo time Celestial.

Chicão é o exemplo de Raça, Luta e Honra a Camisa Tricolor que o time hoje tanto precisa, que sirva de inspiração para o atual elenco.

Gustavo Flemming, 40 anos de amor ao SPFC, é empresário no segmento de pesquisa de mercado e consultoria em marketing.

Contato: [email protected]

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1 COMENTÁRIO

  1. A reação do Chicão jogando hoje com estes merdas deste elenco seria enfiar a mão na cara destes
    canalhas vermes que não merecem vestir este camisa.
    Além do que estão aí, graças aos incompetentes da gestão dos últimos anos, precisamente o atual
    verme do Leco.