Depois de atuar em cinco partidas consecutivas como titular e de fazer dois gols, o zagueiro Lugano está provando aos mais céticos em relação a sua contratação que pode sim ajudar o São Paulo FC a recuperar sua dignidade também dentro de campo.
Sua postura como um dos pilares do elenco, independentemente de carregar a tarja de capitão do time, tem sido fundamental para a construção de um grupo comprometido que busca objetivos maiores.
Mesmo nas derrotas a equipe dá mostras de que não se deixa abater e não aceita um resultado negativo placidamente como ocorria em anos anteriores. É evidente que isso tem a ver com sua influência junto aos demais jogadores.
Creio que aqueles que temiam que uma segunda passagem dele pelo clube poderia de alguma maneira prejudicar a imagem construída na primeira já estejam convencidos de que isso não vai acontecer, sejam quais forem os resultados no fim da temporada.
Esforço sim, loucura não
A diretoria do São Paulo FC continua às voltas com a negociação do zagueiro Maicon. O Porto quer muito dinheiro, um valor impraticável para a realidade do futebol brasileiro. Todos concordam que se trata de um jogador que se tornou importante e caiu nas graças da torcida tanto pelo bom futebol que tem mostrado quanto pela postura aguerrida durante as partidas.
Acho que a postura da diretoria deve ser acima de tudo racional. A situação financeira há tempos não permite extravagâncias e o clube português certamente receberá outras ofertas pelo atleta. Aparentemente haverá leilão e nesse contexto um clube brasileiro sempre estará em desvantagem em relação a concorrentes europeus.
Acredito que a participação direta do jogador nas negociações, manifestando sua vontade de ficar e sua preferência pelo São Paulo FC, é o único trunfo que o clube tem.
Sou pessimista em relação à permanência dele e acho que uma prorrogação do contrato até o fim da participação do time na Libertadores deverá ser muito de comemoração.
Pagar 31 milhões de reais por um zagueiro de 27 anos seria algo totalmente irresponsável financeiramente.
Até quando?!
É algo absolutamente inexplicável a insistência de Edgardo Bauza em escalar o meia-atacante Centurión entre os titulares a essa altura da temporada.
O rendimento deste jogador é baixíssimo e as jogadas simplesmente acabam quando a bola chega aos pés dele. Não existe uma explicação plausível para que ele continue sendo escalado.
Enquanto isso, o atacante Rogério está deixando o clube por uma insatisfação, perfeitamente compreensível, diga-se de passagem, decorrente da sua não utilização.
Gosto muito do trabalho do Patón, mas nesse caso específico ele está conduzindo as coisas de uma maneira muito ruim.
DICA MUSICAL
Weval – The Most
Sandro Acosta é jornalista e escreve nesse espaço todos os sábados.
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