Sextas Tricolores – O Pré-Clássico e Algumas Considerações

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Confesso que, no começo da temporada, enxerguei (como grande parte da imprensa nacional) o Palmeiras como o grande favorito a todos os títulos que disputasse. Uma base campeã brasileira de maneira convincente, dinheiro saindo pelo ladrão de patrocinadores e sócio torcedor, reforços de alto nível e apoio incondicional da torcida eram os fatores que indicavam um Palmeiras forte e possivelmente campeão.

Entretanto, com o desenrolar dos jogos das competições (Libertadores, Paulista e Copa do Brasil), confesso que me vi surpreendido pelo nível de futebol apresentado pelas duas equipes. Consegui perceber um São Paulo mais leve, muito dedicado taticamente, que se movimenta demais e um Palmeiras um pouco “travado”, apesar de seu grande e forte elenco.

Se enfrentaremos um time extremamente talentoso amanhã (segundo o GE, será esse: Prass; Fabiano, Mina, Vitor Hugo e Egídio; Thiago Santos e Tchê Tchê; Michel Bastos, Guerra e Willian; Borja (Róger Guedes)), ouso dizer que não precisamos ter medo. Claro, precisamos ter respeito e ponderar sobre a melhor maneira de parar atletas como Guerra, Róger Guedes (ou Borja), Michel Bastos e os volantes que chegam para o jogo.

Esse, inclusive, será o grande desafio da nossa comissão técnica para amanhã: o equilíbrio do time no que tange a defesa e o ataque. Particularmente, acredito que esse será o grande teste de fogo para o começo da carreira do Rogério no comando da equipe. Apesar da grande vitória contra o Santos, eles estavam bem desfalcados e jogaram sem zagueiros de ofício. Amanhã, por outro lado, a história será outra.

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São dois zagueiros fortes no jogo aéreo, dois volantes pegadores e um ataque agressivo. O time vai ter que se doar ao máximo para nossas individualidades aparecerem, afinal, não é esperado que Cueva, Pratto, Mendes e Araújo tenham o espaço que eles vêm tendo dentro das partidas. A movimentação e recomposição serão fundamentais para criar boas chances.

Por outro lado, meu receio fica por conta da nossa defesa. Seremos bombardeados amanhã (assim como espero que consigamos bombardeá-los também) e nosso setor defensivo não vem demonstrando a segurança que precisamos.

Partindo do princípio que o time que vamos enfrentar é o supracitado, eu gostaria muito de atacar pela esquerda com a velocidade do Araújo, com o Cueva chegando por trás e tabelando com ele e o Pratto.

Obviamente não sou o maior tático do Brasil para tentar detalhar um plano perfeito, mas ao mesmo tempo que eu faria isso no ataque, tentaria manter um volante FIXO na defesa, para dar alguma cobertura nos contragolpes que serão, com toda certeza, muito rápidos.

Com toda certeza esse é o grande desafio da comissão que, até o momento, se mostrou competente e vencedora. Que seja um grande jogo, sem polêmicas e erros de arbitragem e que possamos quebrar o tabu!

É isso!

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Abrahão de Oliveira é jornalista, formado pela Universidade Metodista de São Paulo, dono da @spinfoco, são-paulino e tem o sonho de cobrir um mundial de clubes com o clube do coração. 

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