O SPFC fez um ótimo jogo contra o Corinthians e fez um jogo fraco diante do Sport em pleno Morumbi. Isso é a cara do time hoje em dia, um time ainda em formação. Eu gosto de dizer que o SPFC de hoje parece um time que está começando o campeonato paulista e às vezes perde dos pequenos do interior. Só que agora jogamos contra a elite do futebol e todos no auge da preparação.
Para agravar o quadro, o clube tem poucas opções no banco de reservas se o treinador quiser mudar o time no intervalo. O bom reserva sempre entra comendo a bola e correndo muito. Mas qual bom reserva? No duelo contra o Sport o Lucas não estava bem. O Dorival olha para seu banco e vê quem? Marcinho, Thomaz e Shaylon, garoto bom de bola, mas ainda um garoto bom de bola que entra e não muda a história de um jogo. O SPFC tem obrigação de ter dois bons reservas para os atacantes de lado e um bom meia para o lugar do Cueva. Mas esta não é a realidade. No jogo de Domingo passado, se Dorival tivesse caras bons no banco o time não teria passado sufoco no segundo tempo, ao contrário, teria matado o jogo. Na próxima partida, não teremos o Cueva e o Arboleda a disposição. Os dois jogam pelas seleções na véspera. E qual a opção?
Dorival Júnior tem o mérito de achar um time titular e, ao manter o time em todos os jogos, começar a dar uma cara e entrosamento a ele. Eu não gostei quando o Ozório passou pelo Morumbi e mudava meio time a cada partida. Esse negócio de um time para cada adversário não é minha praia. Gosto de treinador que mantém o time como faziam Mestre Telê e o Muricy.
O diretor Pinotti disse que já está pensando a temporada 2018. Isso faz tempo, eu imagino, tem vários jogadores que sairão ao fim deste ano e o elenco deverá receber novas caras. Eu também espero que, o hoje consultor, e futuro coordenador, Muricy esteja participando deste planejamento junto com os cabeças de bagre que temos no clube hoje em dia.
Nós não podemos dizer se o Maicossuel será útil. O Brenner é muito bom jogador, está arrebentando, mas tem 17 anos e nem todo bom jogador de 17 anos entra e joga bem no profissional. O Cipriano também é muito bom. O Paulinho Boia também. Mas temos poucos e ótimos exemplos para dar de atacantes que começaram arrebentando: Muller, Denílson e Lucas. Mas não é a regra. É bom ter paciência e mais opções no elenco.
Com a possível saída do Jucilei, o clube anda conversando com o bom Hudson, que num péssimo negócio dos tais cabeças de bagre saiu para jogar bem no Cruzeiro. Agora a multa para os mineiros ficarem com o cara é pequena. Uma coisa me preocupa na formação do elenco para o próximo ano: O jogador que pode assinar com o SPFC vai dar preferência aos clubes que vão à libertadores. Para piorar, o nosso clube briga para continuar na elite. Quem vai assinar agora com o tricolor? Eita diretoria…
Salve o tricolor paulista, o clube da Fé.
Carlito é advogado, trabalha como representante comercial, frequenta o Morumbi desde 1977 e prefere o time que vence ao time que joga bonito. Escreve nesse espaço todas as quintas-feiras.
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