Graça a uma feliz coincidência, tenho a honra de ser o primeiro colunista a escrever em 2019. Uma honra e uma responsabilidade, claro. Em primeiro lugar, um feliz ano novo, muito sucesso, saúde, paz e felicidades a todos vocês e suas famílias. Que 2019 seja melhor que 2018.
E vamos ao que interessa. Encerramos 2018 com ótimas notícias: Hernanes, Pablo e Volpi. E, mais do que isso, conseguimos nos livrar de Sidão, Rodrigo Caio (embora esse gere algum tema de discórdia na torcida) e estamos buscando a saída do fabuloso Edimar.
São grandes notícias que nos fazem crer em dias melhores. E ainda temos rumores como Pato, Perez (do Boca) e Goulart (que aparentemente não vai mais para o Palmeiras). Tudo muito empolgante, muito diferenciado, mas que me geram uma dúvida e um medo.
A dúvida, claro, é: de onde vem o dinheiro para isso tudo? Tudo bem, me dirão que o Pablo foi parcelado, que o Hernanes estava dentro do orçamento e que o Volpi foi emprestado com passe fixado. Também dirão que fizemos bons negócios com o Rodrigo Caio e que recebemos um bom dinheiro das vendas de durante o ano.
Tudo bem, mas e os salários? De onde virá a grana para pagar os salários dessa galera, levando em conta que ainda temos Nenê, Reinaldo, Jucilei, Everton que, com certeza, não recebem poucos reais por mês. Claro que são dúvidas de um torcedor chato e, do fundo do coração, espero que o Raí esteja fazendo tudo isso de caso pensado, com aval da diretoria financeira e um bom preparo para segurar a bronca.
Por outro lado, se o time for muito bem, teremos um “up” na questão do patrocínio da Adidas que, se vocês se lembram bem, ganhamos por peça vendida. Se o Volpi estourar e a torcida realmente empolgar com o Profeta, podemos vender milhares de peças e fazer um bom dinheiro. Espero que tenhamos chegado na fase do crescer com uma boa base financeira e institucional
Vamos, então, ao meu medo: André Jardine. Multicampeão na base, estudioso e comprometido……MAS sem experiência no futebol profissional e com um desafio imenso pela frente: a pré-Libertadores e, se tudo andar conforme o planejado, um grupo dificílimo no campeonato principal. E, claro, com os reforços que chegaram, a responsabilidade por ganhar algo é maior.
E por que maior? Pelos nossos rivais terem vencido os últimos quatro campeonatos brasileiros e algumas copas do Brasil. Por termos tabus horríveis na casa de Palmeiras e Corinthians e por termos perdido todos os jogos para o Palmeiras em 2018, inclusive em casa, onde tínhamos um tabu maravilhoso.
Junte tudo isso à nossa recente sina de cair para times bizarros em mata matas e temos um cenário perfeito para o Jardine se dar mal.
Meu medo, claro, fica por essa questão. Não é fácil para um treinador que está começando assumir essa bucha e ter que resolver. É pouco tempo de preparação, muitas estrelas no elenco e uma expectativa gigante, tanto da torcida, quanto da diretoria.
Será que ele aguenta? Veremos em pouquíssimo tempo, tendo em vista que o elenco se reapresenta em breve para iniciarmos um 2019 que promete pegar fogo.
É isso
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Abrahão de Oliveira é jornalista, formado pela Universidade Metodista de São Paulo, dono da @spinfoco e são-paulino desde que se conhece por gente.