Toda vez que um clube gigante como o São Paulo vai trocar de fornecedor esportivo, a torcida fica “alucinada”. Especulações sobre marcas, possíveis desenhos das camisas aparecendo em todos os lados e “jornalistas” cravando diferentes marcas.
Mas é preciso ter calma e ponderar vários aspectos dessa parceria. O primeiro, na minha visão, é: o valor pago, por contrato, ao clube é irrisório. Explico.
O que precisa ser visto é como esse fornecedor tratará o torcedor que é quem vai fazer a roda do patrocínio girar. É preciso que as peças oficiais sejam mais acessíveis, que tenhamos mais variedade de roupas casuais, mais variedade de produtos gerais, que aproveitem melhor o espaço dentro do Morumbi e que exista uma atenção digna com o clube. Tudo que eu citei a Adidas não fez.
E digo mais, a principal especulada do momento, New Balance NB, também não fará. É uma marca de elite, com preços elevados, com poucos espaços de venda e que não tem capilaridade pelo Brasil. A NB conseguiria atender, com qualidade e rapidez, a massa tricolor no norte e no nordeste? (importante pesar isso, pesquisas recentes mostram que a marca do SPFC é muito forte nessas regiões). Essa marca abriria novas lojas, novo espaços, só para atender o São Paulo? (duvido)
Todos nós sabemos que o torcedor se esforça para participar da vida do clube. Economiza aqui, ali e sempre tenta comprar uma camisa oficial, algo que possa contribuir para melhorar. Mas, sinceramente, os preços de lançamento das camisas já são uma fortuna, quase 30% de um salário mínimo, com a NB vai para quanto? Quanto custarão os itens de viagem que já são caros com a Adidas?
A torcida do São Paulo precisa parar de sofrer na mão de fornecedor que dá preferência para outros clubes. No caso da Adidas, a preferência é clara pelo Flamengo. Aparentemente, pelo que li muito por cima, vi que Puma e Nike possuem contratos de exclusividade com Palmeiras e Corinthians. A péssima relação construída com a Adidas colocou o São Paulo em uma sinuca de bico.
O que fazer? Fabricar o próprio material não é viável. Cairíamos na capilaridade que eu disse que a New Balance não tem. Arriscaríamos Umbro, Kappa, Penalty de novo? Alguma gringa “desconhecida”?
O péssimo trabalho da diretoria anterior gerou essa crise que a gestão Casares terá que resolver. Eu, sinceramente (embora não acredite), espero que a diretoria coloque esses fornecedores contra a parede e não abra mão do conforto para o torcedor. Chega de perrengue.
O que vocês acham?
Abraços!
Comentários ou sugestões?
@Abroliveira ou [email protected]
Abrahão de Oliveira é jornalista, gosta de história e ama o São Paulo Futebol Clube.
