Prancheta Tricolor – Mais respeito e profissionalismo

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Diretoria comete uma sucessão de erros e escancara seu amadorismo ao contratar e não demitir Thiago Carpini

Vamos ao prefácio: sou a favor da troca imediata do comando técnico do São Paulo Futebol Clube. A aposta em Thiago Carpini não deu certo e insistir no erro só está prejudicando o clube, a torcida e o próprio treinador. E é sobre ele, a pessoa e o profissional Thiago Carpini, que este texto trata.

O que a diretoria está fazendo com o jovem treinador, a quem desejo toda a sorte e, por que não?, que retorne um dia quando estiver mais preparado para treinar um clube grande, é um absurdo. É mais um erro na sucessão de erros que vem cometendo desde a saída de Dorival Júnior para a seleção.

Eu, você, caro leitor, a diretoria, o Muricy, os jogadores, o próprio Carpini, todos sabemos que não haverá continuidade no trabalho. A situação merece, então, um tratamento mais profissional: professor, obrigado, não vamos prosseguir com o projeto e boa sorte em sua carreira. Tudo às claras.

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Mas não, a diretoria toma mais uma decisão equivocada e mantém a fritura em praça pública. Ninguém aparece para dar a cara a tapa: só o treinador. Então é influenciador, comentarista, jornalista, torcedor organizado, todo mundo batendo no coitado do Carpini. Penso até na questão pessoal e psicológica: é desumano o que estão fazendo com o Thiago.

Vamos ser mais profissionais, Julio Casares? Belmonte, Muricy, vamos colocar tudo às claras? Na atual situação ter ou não o treinador no banco contra o Flamengo pouco importa para o clube. Mas tirá-lo de lá certamente será melhor para o profissional e pessoa Thiago Carpini.

A sucessão de erros

Comentei mais para cima que houve uma sucessão de erros da diretoria desde a saída de Dorival Júnior. Vamos a eles:

  1. Contratar um treinador jovem e inexperiente para um ano de Libertadores, tal como foi feito com Jardine em 2019;
  2. Acertar uma multa de R$ 2 milhões em caso de demissão de um treinador que era claramente uma aposta;
  3. Manter Thiago Carpini após a eliminação contra o Novorizontino quando havia no horizonte quase vinte dias de treinamento;
  4. Não mandar Carpini embora após a derrota para o Fortaleza, apesar do bom desempenho do time no primeiro tempo, e deixá-lo fritando em praça pública;
  5. Essa ainda pode ser corrigida: deixar Carpini no banco diante do Flamengo, com o psicológico dele e de todo o elenco abalado.

Espero que seja acertada, pelo menos, a contratação do sucessor. Felipão, Luxa ou Mano Menezes, não!

André Barros é jornalista e são-paulino, não necessariamente nessa ordem…