Terror do Morumbi completa 50 anos

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Eterno camisa 10 do Tricolor, o ex-jogador Raí completa 50 anos de idade nesta sexta-feira (15). Um dos maiores ídolos da torcida são-paulina, o meio-campista representa uma das fases mais vitoriosas do clube e, ao lado do Mestre Telê Santana, comandou uma geração no início dos anos 90 que certamente está marcada na história do São Paulo.

Veio do Botafogo de Ribeirão Preto, em 87, e demorou um pouco para brilhar. No dia 18 de outubro daquele ano, no duelo contra o Grêmio (1 x 0), no Estádio Olímpico, o ex-atleta escrevia o seu primeiro capítulo no São Paulo, que mais tarde contaria com enormes conquistas como as Libertadores da América de 1992 e 1993.

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O tempo mostrou a importância que Raí teria na equipe são-paulina. Tornou-se o capitão e virou uma espécie de símbolo do time que ganhou quase tudo em 91, 92 e 93. Depois, jogou na França e voltou ao Tricolor em 1998 para encerrar sua carreira em 2000.

“Sinto muita saudade da relação com o torcedor. Sempre que vou ao estádio lembro daquela alegria da torcida, e isso me emociona. Sentir aquela paixão será sempre mágico, porque guardo boas lembranças. Foi um privilégio ter feito parte desta história”, afirmou recentemente o aniversariante do dia, que nunca escondeu o seu amor pelo clube.

No período em que esteve no São Paulo, somando as duas passagens, Raí disputou 395 jogos e balançou as redes 128 vezes. No currículo, além das Libertadores, participou das conquistas dos Campeonatos Paulistas de 1989, 1991, 1992, 1998 e 2000, do Brasileiro de 1991 e do Mundial Interclubes de 1992.

Uma das atuações inesquecíveis em que ele foi essencial foi contra o Corinthians, na final Paulista de 1991, em que o meio-campista marcou três belíssimos gols na partida de ida, praticamente selando o título. Raí continuou brilhando na Libertadores de 1992. Foi dos pés do capitão que saiu o gol que levou a decisão contra o Newell’s Old Boys aos pênaltis.

A coroação, contudo, veio em dezembro de 1992, com dois gols e a vitória de virada para cima do todo poderoso Barcelona de Cruijff e Stoichkov. O primeiro, meio que de barriga, e o segundo, em cobrança ensaiada de falta, um chute magistral, que deu o primeiro título Mundial ao Tricolor.

Mas Raí não parou por aí. Ele ainda foi buscar o bi da Copa Libertadores da América, em 1993. Com um braço engessado, ele destruiu, nas oitavas de final, o mesmo Newell’s Old Boys da final anterior, marcando dois gols (o São Paulo venceu por 4 a 0). A partir daí, foi só conduzir o Mais Querido ao triunfo, consagrado na maior goleada em finais da competição sul-americana: 5 a 1 no Universidad Católica, com direito a gol do camisa 10.

Raí se despediu, em sua primeira passagem pelo clube, goleando o Santos por 6 a 1. Em 1998, ele voltou ao Tricolor e, logo de cara, foi campeão. Marcou o primeiro gol do segundo jogo da final contra o Corinthians (3 a 1 para o São Paulo) e comemorou mais um título em sua carreira.

Por todas as conquistas e pelo aniversário, parabéns, Raí!

Jogos disputados pelo SPFC: 395

Estreia: 18/10/1987

Último jogo: 22/07/2000

Gols marcados no SPFC: 128

Nascimento: 15/05/1965. Ribeirão Preto (SP).

Títulos conquistados no SPFC: Campeão Paulista em 1989, 1991, 1992, 1998 e 2000; Campeão Brasileiro em 1991; da Campeão da Taça Libertadores da América em 1992 e 1993; Campeão Mundial Interclubes em 1992.

6 COMENTÁRIOS

  1. De Raí para o time na preleção antes do jogo contra o Barcelona ‘eles podem ser o time mais rico do mundo mas eles nao tem a união que nós temos’ (contado por Ronaldão). Não é fácil pra qualquer time hoje ter a qualidade do São Paulo de Raí, muito menos ao São Paulo de hoje. Mas e a união? Qual a uniao do time de hoje?

    • Realmente não tive oportunidade de ver esses craques em campo, mas depois do Raí, somente a geração de 2005, quando o grande Rogerio Ceni aposentou depois da grande e ultima partida contra o Liverpool, após isso apareceu uma múmia frangueira com metas pessoais a bater que iludiu os cabeças de testículos e o endeusaram.