Análise: vitória ilustra mentalidade que precisa ser combatida no São Paulo

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GloboEsporte.com

Leonardo Lourenço

Contra o Goiás, time se esforçou por empate que lhe bastava, mas pode celebrar gol no fim que não estava nos planos; é preciso ouvir apelo de Ceni por reconstrução

Agora aposentado, Rogério Ceni foi certeiro ao comentar sobre a conquista da vaga para a disputa da Libertadores do ano que vem. “É uma oportunidade para o clube se reestruturar já para 2016”, disse o goleiro lesionado, que viu das tribunas o São Paulo vencer o Goiás e terminar o Brasileiro na quarta posição, classificado para a primeira fase do torneio continental.

Os tricolores saíram no lucro. Numa temporada caótica, alcançam um objetivo que estava além do desempenho da equipe. Além dos esforços dos cartolas que instalaram no Morumbi a maior crise institucional do clube, que viu Carlos Miguel Aidar renunciar após denúncias de corrupção.

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A presença na competição sul-americana afaga o ego do torcedor, que se tornou chacota de rivais, todos eles com taças para comemorar em 2015, mas não pode encobrir problemas.

A reconstrução precisa começar já. O São Paulo não tem técnico, não terá Rogério Ceni, Luis Fabiano, nem Alexandre Pato. Esperar é ampliar o risco de repetir o vexame corintiano de 2011, quando a equipe foi eliminada pelo Tolima antes da fase de grupos da Libertadores.

Será árduo o trabalho de remontagem, como ficou claro em Goiânia.

Ao São Paulo, na prática, bastava o empate com o Goiás – a matemática era desmentida pela enorme diferença de saldo de gols para o Internacional, único concorrente.

Pois foi o empate que o São Paulo procurou a todo instante, mesmo em um duelo contra o vice-lanterna, com chances remotas de se salvar do rebaixamento. Como se fosse injusto terminar um ano lamentável com uma vitória.

Covarde, a equipe só conseguiu criar uma chance de gol aos 39 minutos do primeiro tempo, em boa tabela entre Thiago Mendes e Alan Kardec.

A intenção tricolor foi exposta no intervalo, em diálogo revelado pela repórter Natalie Gedra. A ela, o interino Milton Cruz foi claro: “Se terminar empatado, está bom para a gente”.

Àquela altura, o Internacional vencia o Cruzeiro. Um gol do Goiás e o sonho tricolor desmoronaria. O empate estava bom. Tão bom que Milton Cruz só mexeu na equipe aos 33 minutos do segundo tempo. Tão bom, que Milton Cruz explodiu de raiva ao descobrir que a etapa final teria cinco minutos além dos 45.

Azar dele, sorte dos torcedores, Rogério acertou o ângulo de Renan aos 47 minutos da etapa final, quando o jogo já tinha se arrastado além do que gostaria o treinador.

O Goiás era inofensivo. Jogando por sua permanência na primeira divisão, só causou problemas a Denis aos 31 minutos do segundo tempo, em jogada de Erik que terminou em finalização ruim de Bruno Henrique.

Milton seguia à risca seu plano de manter o placar inalterado. Artilheiro e melhor jogador da equipe no ano, mesmo irregular, Alexandre Pato iniciou a partida no banco e de lá não saiu.

Em sua última substituição, chamou Alan Kardec, que daria lugar a Rogério. Capitão em Goiânia, Paulo Henrique Ganso bateu o pé. Pediu para que o companheiro fosse mantido no time. Kardec também indicou que não queria sair. O interino aceitou. Sobrou para Michel Bastos.

Rogério entrou, fez o gol, o São Paulo venceu. A vitória não era necessária, mas o time precisava dela. O último passo de 2015 foi  também o primeiro de 2016. A reconstrução pedida pelo ídolo precisa ser feita – no time, na direção e na mentalidade tricolor.

3 COMENTÁRIOS

  1. Técnico cagão nunca mais! time muricyzado é uma merda, ontem só não perdemos devido o Goiás ser ridículo, pareceu que o time estva sendo dirigido por Antacy Paspalho, no final para ganhar tempo o bundão colocou o Rogério que deveria ser titular absoluto e logo ao entrar marcou um golaço que valeu o ano

  2. Concordo com o treinador entre Cuca, Jubero ou ainda Sampaoli. E fechar ainda essa semana para contratar pelo menos 7 bons jogadores.
    Acho boa a lista do LG. Para goleiro ainda acredito que o Renan seria uma boa opção, sempre entrou muito bem.

  3. Temos que ser rápidos.

    Contratar um grande goleiro como o Jéferson, que de certeza viria visto que hoje é banco da seleção, e a libertadores é uma grande oportunidade de voltar a brilhar

    Zagueiros e mais zagueiros, nenhum dos que temos serve nem para compor elenco

    Laterais, Bruno e Carlinhos ficam como opção no banco

    De volante apenas Thiago Mendes, nenhum outro merece ficar

    Meias, Gansonso teria que ter um rival para disputar a vaga, Migué Bosta não serve e nenhum outro

    Kardec e Neymar devem ter rivais para brigar pela titularidade

    Um treinador top como o Cuca, Jubero.

    Mas como estamos lisos nos resta rezar