Por Érico Leonan / saopaulofc.net
Apresentado na última segunda-feira (1º de fevereiro), o atacante Jonathan Calleri é o terceiro reforço estrangeiro do Tricolor para a temporada. O elenco, que já contava com o argentino Centurión e com o colombiano Wilder, ganhou mais três importantes peças de outros países para fortalecer o time na briga por títulos: Calleri (argentino), Diego Lugano (uruguaio) e Mena (chileno). Assim, a partir de agora, o São Paulo conta com atletas de cinco nacionalidades diferentes – contando com os brasileiros – e detém um novo recorde na história do clube.
A última vez que o Tricolor contou com tantos ‘gringos’ no elenco juntos em um mesmo período foi em 1953 – todos, porém, argentinos: Albella, Di Loreto, Martino, Moreno, Negri e Poy – Moreno saiu antes de Negri ser contratado. Naquele ano, sob o comando do argentino Jim Lopes, o São Paulo foi campeão paulista.
E se o experiente técnico Edgardo Bauza tem à disposição uma legião de estrangeiros, o grupo de atletas brasileiros também garante uma boa diversidade. O elenco tem jogadores de 11 estados diferentes, além do Distrito Federal: são dez paulistas, três mineiros, dois capixabas, além de um alagoano, baiano, brasiliense, carioca, gaúcho, maranhense, paraense, pernambucano e sul-matogrossense.
E quando a bola rolar na noite desta quarta-feira (3), no Estádio Mansiche, às 21h45 (de Brasília), pelo confronto de ida da primeira fase da Libertadores da América diante do César Vallejo-PER, o São Paulo poderá igualar e/ou quebrar uma marca histórica. Relacionados e à disposição de Patón, Mena, Centurión, Wilder e Calleri têm a oportunidade – se atuarem juntos em determinado momento do jogo – de registrar o maior número de ‘gringos’ em campo pela equipe são-paulina.
Até aqui, desde a fundação do clube, o máximo que o Tricolor teve de estrangeiros que o SPFC teve em um jogo foram três. Isso aconteceu 71 vezes, entre 1940 e 1954. A última, no dia 7 de fevereiro de 1954, foi na vitória por 2 a 1 sobre o Palmeiras, no Pacaembu, pelo Campeonato Paulista – com gols de Maurinho e Teixeirinha. Estiveram em campo nesse jogo Jose Poy, Gustavo Albella e Juan Jose Negri. Todos argentinos.
Vale lembrar que no amistoso internacional contra o Cerro Porteño durante a pré-temporada de 2016, no Paraguai, Mena, Centurión, Wilder atuaram no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção, mas não ao mesmo tempo – Mena e Centurión foram titulares, mas saíram antes da entrada de Wilder. A última vez, contudo, em que estiveram em campo três jogadores estrangeiros de nacionalidades diferentes foi no dia 7 de julho de 1951, em amistoso no Moises Lucarelli, contra a Ponte Preta (2 x 2). Os estrangeiros eram Eusebio Urruzmendi, (uruguaio), De Maria (romeno) e Poy (argentino).
E os números mostram que contar com diferentes nacionalidades fortaleceu o São Paulo ao longo dos anos. O Tricolor contou com ao menos um estrangeiro em campo em 2773 jogos, dos quais venceu 1487, empatou 667 e perdeu 616: 61,64% de aproveitamento. Sem estrangeiros, foram 2596 jogos, com 1274 vitórias, 685 empates e 637 derrotas, o que dá 58,89% de aproveitamento.