Em novo cargo, Ataíde diz: ‘Meu maior erro foi ter aceitado ser vice-presidente’

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ESPN.com.br

Ataíde Gil Guerreiro, ex-VP de futebol do São Paulo
Ataíde Gil Guerreiro, ex-VP de futebol do São Paulo

Vivendo uma de suas maiores crises na história, a cúpula do São Paulo deu a cara a bater nesta segunda-feira após o quinto jogo consecutivo sem vitória na temporada 2016. O clube do Morumbi anunciou o novo diretor de futebol, Luiz Cunha – que vem substituir Rubens Moreno -, e que Ataíde Gil Guerreiro, antes vice-presidente do departamento, agora será diretor de relações institucionais.

“Em razão da sua performance, da atitude nem sempre bem compreendida, ele (Ataíde) foi vítima de injustiças e comentários que não correspondem a sua conduta”, disse o presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.

“Ele (Leco) deixou de ser VP de futebol, mas é nosso diretor de relações institucionais”, anunciou oficialmente o presidente tricolor.

Depois de ter sido dirigente e pivô de uma briga com o antigo presidente, Carlos Miguel Aidar, e vice-presidente na gestão de Leco, Ataíde Gil Guerreiro admitiu que não foi uma boa ideia ter aceitado o cargo de VP de seu amigo pessoal.

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“Meu maior erro foi ter aceitado o cargo lá atrás, não vi as consequências que isso poderia ter”, explicou Ataíde, que enfatizou que sua saída foi por conta da pressão da torcida e dos conselheiros do time tricolor.

“Você tinha o lado do conselho e da torcida. Se pelo menos um dos lados fosse favorável, você poderia continuar a luta. Com essa situação do momento, acho que era difícil politicamente lutar por isso. O presidente que estava me bancando, a pressão estava caindo em cima dele”, disse o novo diretor de relações do São Paulo.

Luiz Cunha chega a diretoria de futebol do São Paulo depois de anos trabalhando na base, em Cotia. Amigo pessoal de Leco, o novo membro da cúpula tricolor se apresentou a todos.

“Sou pessoa simples, de família humilde e que tem por característica amar o São Paulo Futebol Clube. Estou aqui atendendo um chamado de um amigo e do meu clube”, afirmou Cunha, que disse não pretender revolucionar o setor e dar continuidade ao que vinha sendo feito.

“A torcida pode esperar um representante na diretoria do futebol. Informado, que sente as dificuldades de atender às necessidades. Vamos fazer o possível para que a massa torcedora do São Paulo fique feliz”, disse.

O novo diretor também apoiou o técnico Edgardo Bauza. “Futebol é resultado. Mas a contratação de um profissional leva em consideração o tempo de maturação que o profissional precisa para responder às expectativas. E o Bauza está nesse tempo. A contratação foi muito bem feita e ele terá de mim todo o apoio”, falou