E 24 horas depois…

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Ledio Carmona

Edgardo Bauza São Paulo

Nada como um dia após o outro. A quinta-feira foi bem mais favorável para o futebol brasileiro na Libertadores. E nem foi preciso ganhar. Foram ótimos e providenciais os empates do São Paulo e do Galo contra River Plate e Colo-Colo-Colo, fora de casa. Um ponto fruto de atuações corajosas contra adversários tradicionais e ambiciosos. Ações corajosas. Mineiros e paulistas não foram brilhantes, mas não tiveram medo do desafio. Não estacionaram um ônibus na frente da defesa e esperaram pela pressão do rival, sem esboçar nenhum tipo de reação. Encararam a guerra e, bem ou mal, voltaram premiados com um ponto suado e o respaldo dos torcedores.
Ninguém quer que os clubes brasileiros joguem como o Barcelona. Não temos essa sorte e, hoje em dia, nem essa qualidade. Mas podemos ser organizados, dignos e donos de um mínimo de estratégia tática. Assim, o São Paulo jogou no Monumental de Nuñez. Bem postado, compacto, atacou no momento certo e não deu espaço para o River Plate se sentir dono do campo. Era apenas o proprietário do estádio. O jogo não teve patrão. Foi igual, equilibrado. E o pontinho poderá ajudar o São Paulo, de Bauza. Mas terá que vencer os argentinos no Morumbi e ganhar as duas dos venezuelanos do Trujillanos. Não há espaço para tropeço nessas partidas contra o time mais fraco da chave. É faturar esses 9 pontos e ir para a decisão contra o Strongest, na última rodada, em La Paz.
Paulo Henrique Ganso jogou bem e fez um belo gol. Mas já começou a ladainha de Seleção Brasileira, de onde ele pode jogar e chegar, e isso e aquilo. Ganso precisa se consolidar primeiro como um meia constante e decisivo. Depois, se firmar no Morumbi. A partir daí, poderemos discutir seu futuro. Ganso e seus debatedores só pensam no futuro, enquanto seu presente não sai do lugar. Vejamos se o Monumental de Nunez marcará um divisor de águas em sua carreira.
Quanto ao empate do Galo em Santiago, ótimo resultado. O Colo-Colo é o campeão chileno, tem um bom time, uma torcida enlouquecida e muita vontade genhar a Libertadores. Quer ser protagonista em 2016. E o Atlético encarou esse mega-rival de igual para igual. Levou pressão, mas também teve suas chances. Foi um ótimo jogo, mesmo sem gols. O Galo só errou quando recuou na reta final – a entrada de Junior Urso pôs o time muito atrás – e tomou um sufoco considerável no fim. Mas segurou as pontas e o empate. O Galo está quase classificado. Ótimo para Diego Aguirre fazer seus testes e tirar suas últimas dúvidas. O momento de exceção foi criado pela boa campanha do próprio Galo. Depois do jogo de quarta, no Independência, contra os próprios chilenos, o treinador uruguaio poderá desfrutar dessa trégua e do tempo merecido.

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Júnior Urso, volante do Atlético-MG