Saídas, reforços, esquema mantido: veja como jogará o Atlético Nacional

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Equipe colombiana perdeu três jogadores na pausa da Libertadores, mas trouxe outros cinco jogadores. Forma de jogar, porém, deve ser mantida

Por Bruno Rocha e Mauricio Oliveira

GloboEsporte.Com

Um jogo épico, com gol nos acréscimos e vaga conquistada no sufoco. Foi assim que o Atlético Nacional se classificou para a semifinal da Libertadores, batendo o Rosario Central por 3 a 1. Mas, entre essa partida e a primeira contra o São Paulo, serão 48 dias de intervalo e muitas mudanças.

Do time que terminou a partida no Atanasio Girardot, dois jogadores não estarão à disposição de Reinaldo Rueda: Copete, que saiu e fechou com o Santos, e Berrío, que foi expulso após fazer o gol da classificação. Além deles, Ibarbo, que havia perdido espaço entre os titulares, também não está mais no elenco (foi para o Panathinaikos, da Grécia).

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Outros dois também já foram vendidos, mas seguem na equipe até o fim da participação na Libertadores:  o zagueiro Davinson Sánchez, que já até se apresentou no Ajax, da Holanda, e o volante Mejía, vendido para o León, do México.

Além deles, os zagueiros Peralta e Londoño e o meia Roviro, que eram considerados reservas, também foram negociados.

Mas se alguns saíram, outros chegaram. No total foram oito, mas só cinco deles devem participar da Libertadores: o lateral-esquerdo Edwin Velasco, o volante Elkin Blanco, o meia Cristian Dájome, e os atacantes Miguel Ángel Borja e Ezequiel Rescaldini.

Entre eles, apenas Rescaldini não foi relacionado para a partida. O argentino chegou direto para a concentração do Atlético, em São Paulo, e não será utilizado.

ESQUEMA É O MESMO DE SEMPRE

Campinho possível Atlético Nacional X São Paulo (Foto: GloboEsporte.com)

A ausência de dois titulares e a chegada de muitos nomes novos não deve mudar o esquema de jogo do Atlético.

O técnico Reinaldo Rueda e o atacante Marlos Moreno garantiram, após o treino na segunda-feira, no Morumbi, que o time não deve ter mudanças drásticas.

– Não há mistério. São dois conjuntos que se conhecem muito bem. Dois times que jogam um bom futebol. Então é jogar e deixar que o jogo defina quem vai se impor – disse Rueda.

– Não mudamos a essência. Independentemente de onde vamos jogar, nós sempre jogamos da mesma forma – completou Marlos Moreno.

Na Colômbia, porém, a expectativa é de que Rueda trabalhe com duas possibilidades de escalação: uma com três zagueiros e a outra, mais tradicional, com três atacantes.

Se mantiver o que vinha mostrando, a tendência é que o treinador colombiano coloque em campo uma equipe com Armani; Bocanegra, Henriquez, Sanchez e Díaz; Mejía, Pérez e Guerra; Ibarguén, Marlos Moreno e Borja.

Manter um time ofensivo tem sido a tônica do Atlético nesta Libertadores. Em dez jogos nesta edição, são 19 gols marcados e apenas quatro sofridos.

FORÇA PELOS LADOS

Muitos desses gols do Atlético na competição começam em jogadas pelos lados do campo. No pouco que pôde ser visto do treino da equipe no estádio do Morumbi, foi possível observar que isso é algo treinado com frequência por Rueda.

Os jogadores formam uma linha de quatro e partem para o ataque passando a bola de um lado para o outro. Na definição da jogada, o cruzamento e a finalização.

Os atletas e o lado dos cruzamentos mudavam, mas a forma de atacar nesta parte da atividade era a mesma.

Contra o Rosario Central, dois dos três gols saíram de jogadas pelas laterais – o primeiro, de Macnelly Torres, e o terceiro, de Berrío. Vale o São Paulo ficar de olho nisso.