Terceiro Tempo – Milton Neves
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No início dos anos 60, o Santos era o maior e melhor time do mundo e o São Paulo, um coadjuvante. O Santos tinha um elenco de 24 feras e o São Paulo era formado por veteranos, alguns jovens, outros esforçados que custaram baratinho e só um craque: Roberto Dias.
À época, construindo o Morumbi, o Tricolor economizava no gramado para investir em cimento. Mas naquela noite o timaço do Santos não conseguia vencer o goleiro gaúcho Suly, do tricolor, no Pacaembu. Chovendo, jogo no fim, 1 x 0 pro São Paulo, Pelé nervoso, perdendo todas para Dias, mas houve um lance feliz de Dorval pela direita pra cima de Riberto.
Ele cruzou, a bola passou por Suly, ia entrando, mas ela parou na risca do gol em meio a muita água e no lamaçal da pequena área.
No que, desesperado, Roberto Dias deslizou de bunda na lama, entrou no gol, virou o rosto e ficou com nariz, boca e testa na bola encharcada “protegendo” sua meta em cima da linha. Pelé, implacável, livre, só ele, a bola e a cara do Dias, armou o tiro de misericórdia com o pé direito.
Mas, de repente, o Rei desarmou o chute e abandonou o lance.
Suly, boquiaberto, pulou e pegou a bola.
Aí, com os jogadores voltando para a intermediária, Dias encostou em Pelé e perguntou: “Por que você não chutou, era o empate com a bola e minha cara pra dentro do gol?”.
Pelé respondeu: “Porque era você, sujeito limpo, mas se fosse o filho da p… do Vitor Paulada eu arrancava a cabeça dele”.
Detalhe: o saudoso Vitor Lituano pegava muito forte mesmo.