Ceni tem recepção discreta em SP, elogia Mano e assina camisa tricolor

434

UOL

José Eduardo Martins

Rogério Ceni está de volta a São Paulo. O ex-jogador que construiu a maior parte da sua carreira na capital paulista vai dirigir o Cruzeiro contra o Palmeiras, amanhã (14), a partir das 19h (de Brasília), no Allianz Parque. Como reflexo do momento do time mineiro, que está na 16ª posição na tabela e tenta se afastar da zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro, a recepção bem discreta em termos cruzeirenses. Calor, mesmo, ficou por conta de seus admiradores são-paulinos. O nex-goleiro evitou polêmicas, elogiou o rival – e seu antecessor – Mano Menezes e até ouviu pedidos para autografar camisas do Tricolor paulista.

Talvez com muito mais problemas em sua bagagem do que quando dirigia o Fortaleza, Ceni viu apenas um torcedor com a camisa do Cruzeiro solicitar uma fotografia. Vestido com o uniforme da Raposa, o aposentado José Torres aguardava o desembarque da delegação mineira no Aeroporto de Congonhas e não perdeu a oportunidade de pedir para o neto, que é corintiano, eternizar o encontro.

Publicidade

Na companhia do segurança do Cruzeiro e usando um boné azul, o treinador seguiu na direção da saída do aeroporto quando, abordado pela reportagem, preferiu não falar sobre os recentes imbróglios que dominaram o noticiário cruzeirense nos últimos dias. Após a eliminação da Copa do Brasil, Thiago Neves questionou a escalação do técnico para o confronto com o Internacional. Nesta semana, o presidente do clube, Wagner Pires de Sá, disse dar total apoio a Ceni. “Não vi nenhum vídeo [do presidente]. Eu não acompanho essas coisas”, limitou-se a dizer o treinador, quando questionado sobre o respaldo dado pelo dirigente.

Por obra do destino, o Cruzeiro vai enfrentar o Palmeiras que agora é comandado por Mano Menezes, o antecessor do arqueiro na Raposa. “Será uma partida difícil. Não é a primeira vez que enfrento o Mano. Já o enfrentei diversas vezes. É um grande treinador”, completou o ex-goleiro. Com cara de poucos amigos, Thiago Neves também desembarcou em São Paulo. Havia uma dúvida sobre sua presença na delegação depois de ele ter batido de frente com Ceni. No fim, o lateral Edilson, que também contrariou o treinador publicamente, foi o personagem barrado. “Não posso falar nada. Não sou escalado pela assessoria. Se der alguma entrevista levo uma multa”, despistou o jogador.