São Paulo já tem a cara de Fernando Diniz

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UOL

Menon

Nem sei se é real, mas existe uma cena recorrente no imaginário coletivo. Um sábio fica no topo da montanha e homens comuns, pobres mortais como nós, fazem a sacrificante escalada, a pé, enfrentando caminhos sinuosos para, enfim, perguntar ao ermitão, qual é o verdadeiro sentido da vida. A relação de alguns colegas com Fernando Diniz é parecida. Reverência total ao Mestre. A pergunta nunca é: por que o São Paulo está jogando mal? Por que os times que você dirige têm posse de bola e sofrem gols de contra-ataque? E ninguém replica quando ele “explica” a falta de gols com “precisamos ter mais sorte nas finalizações”. Não!!! Gênios devem ser reverenciados e não contestados.

E a pergunta ééé…. Quando o São Paulo vai ter a sua cara? Ou seja, quando esses jogadores assimilarão seus geniais conhecimentos táticos, técnicos e filosóficos? O questionamento nunca é ao treinador. Por que o São Paulo está jogando tão mal? Mas, a pergunta mágica, a pergunta que não incomoda, tem resposta. O SÃO PAULO JÁ TEM A CARA DE MESTRE DINIZ. Está ali. Só não vê quem não quer. Sinais, fortes sinais.

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1) Grande posse de bola 2) Muitos passes trocados 3) Pouca profundidade 4) Marcação alta 5) Poucos gols marcados 6) Muitos gols sofridos em contra-ataque Em resumo: o time tem a bola, não tem força ofensiva e sofre gols de contra-ataque. Tempestade perfeita. Ah, mas Zaratrusta, opa, Diniz, garante: se ficar oito meses, o São Paulo vai jogar melhor que o Fluminense. Aguardemos.