Análise: falta de atitude dos reservas do São Paulo dá mais certezas a Diniz sobre time ideal

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GloboEsporte

Eduardo Rodrigues

Tricolor foi derrotado pelo Botafogo-SP com destaques individuais negativos.

Na última quinta-feira, o maior problema do São Paulo foi a altitude. Neste domingo, foi a atitude.

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Se o jogo do São Paulo contra o Botafogo-SP era a chance dos reservas mostrarem que poderiam ter uma oportunidade no time titular ou até mesmo serem mais utilizados durante o ano, essa chance foi jogada no lixo.

Dos 11 jogadores que entraram em campo contra o Botafogo, em Ribeirão Preto, apenas Tiago Volpi era do time considerado titular – os demais ganharam descanso para recuperar a condição física após a viagem ao Peru para o duelo contra o Binacional, pela estreia da Libertadores, num jogo disputado a mais de 3.800 metros de altitude.

Imaginou-se, então, uma equipe reserva com gana de mostrar serviço diante de um Botafogo que só tinha uma vitória no Campeonato Paulista até então. Mas o que se viu, na verdade, foram inúmeros erros técnicos individuais que minaram ainda mais possíveis oportunidades.

  • A escalação do São Paulo foi a seguinte: Tiago Volpi, Diego, Anderson Martins, Luan e Everton; Liziero, Rodrigo Nestor e Shaylon; Fabinho, Toró e Brenner.
Fernando Diniz durante confronto contra o Botafogo- SP — Foto: Thiago Calil/Agif/Estadão Conteúdo

Fernando Diniz durante confronto contra o Botafogo- SP — Foto: Thiago Calil/Agif/Estadão Conteúdo

Da formação citada acima, os jogadores dos quais mais se esperava alguma coisa eram os já conhecidos e com rodagem: Everton, Liziero e Toró. Os três, no entanto, pouco fizeram para sequer criar uma dúvida na cabeça de Fernando Diniz.

  • Everton: atuando como lateral-esquerdo, até apoiou bem no ataque em algumas situações, mas não conseguiu arriscar chutes de fora da área e não mudou em nada a dinâmica do jogo. Na parte defensiva, que não importaria tanto para um atacante de origem, foi onde ele se deu melhor. Mostrou desenvoltura em desarmes e evitou uma chance clara de gol no primeiro tempo;
  • Liziero: um dos reservas mais acionados por Diniz durante o ano, o volante mostrou não ser o melhor nome para ganhar uma vaga no time titular. Atuando na posição de Tchê Tchê – primeiro volante – Liziero não conseguiu dar a mesma fluidez de jogo que o companheiro e pouco ajudou na construção das jogadas, uma das marcas de Tchê Tchê;
  • Toró: o ataque do São Paulo é um dos setores mais concorridos nesta temporada, e se depender do jogo do último domingo, Toró está fora dessa briga. O jogador errou praticamente tudo que tentou. Dominar uma bola estava complicado para o atacante, que não conseguiu usar velocidade e força física, suas principais características.

– Não vou citar especificamente. Não vou ficar moendo jogador. Enquanto eles tiveram condições, suportaram bem a partida – afirmou Diniz sobre a atuação de alguns jogadores.

Toró durante duelo contra o Botafogo-SP — Foto: Thiago Calil/Agif/Estadão Conteúdo

Além dos três jogadores citados, os demais também não conseguiram demonstrar muito e hoje continuariam como reservas.

O jogo serviu, sobretudo, para Fernando Diniz ter a certeza de que está no caminho certo em relação ao seu time titular e que poucos ajustes devem ser feitos para a sequência da temporada.

Na próxima quarta-feira, o São Paulo terá o principal jogo do ano diante da LDU. Após perder na estreia da Libertadores para o Binacional, o duelo contra os equatorianos ganhou ares de decisão. Uma nova derrota seria catastrófica para o Tricolor.