Tricolor celeste: relembre os 17 uruguaios que jogaram no São Paulo e vote no maior deles

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GloboEsporte

Pablo Forlán, Pedro Rocha, Darío Pereyra ou Diego Lugano: qual é o seu ídolo favorito?

As notícias recentes de que o São Paulo poderia brigar pela contratação do atacante Edinson Cavani, do PSG, geraram expectativa na torcida – a diretoria, porém, trata o assunto com pés no chão pela crise financeira vivida no clubee diz publicamente que o jogador “não faz parte dos planos”.

A euforia não se deu só pelo motivo de Cavani, de 33 anos, ser um dos maiores atacantes do futebol atualmente, mas também pela histórica e vitoriosa relação entre o São Paulo e atletas uruguaios.

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Lugano apresenta terceira camisa do São Paulo — Foto: Eduardo Rodrigues

Lugano apresenta terceira camisa do São Paulo — Foto: Eduardo Rodrigues

São 17 os uruguaios que já jogaram no São Paulo – um deles continua por lá, o atacante Gonzalo Carneiro, recentemente liberado de uma suspensão por doping.

Com uruguaios no elenco, o São Paulo venceu Paulistas, Brasileiros, uma Libertadores e um Mundial. No ano passado, o clube lançou uma camisa celeste em homenagem aos jogadores do Uruguai.

Veja quem são os atletas do país vizinho que já defenderam o Tricolor. E vote na enquete que aparece no fim da lista: quem é o maior uruguaio que passou pelo São Paulo?

De 1930 a 1951

A ligação do São Paulo com jogadores uruguaios data do primeiro ano de vida do clube, com o meia Armiñana, que defendeu o Tricolor entre 1930 e 1931, sendo campeão paulista no segundo ano. Outros seis jogadores nascidos no Uruguai atuaram no clube até 1951: o atacante Vega (1934-1935), o meia Gutiérrez (1936), o volante Acosta (1937-1938), o zagueiro Squarza (1940-1942), o volante Ramón (1941-1942) e o atacante Urruzmendi (1951).

Pablo Forlán (1970-1975)

Pablo Forlán, do São Paulo, em jogo contra o Palmeiras — Foto: Arquivo / Ag. Estado

Pablo Forlán, do São Paulo, em jogo contra o Palmeiras — Foto: Arquivo / Ag. Estado

Quando chegou ao São Paulo em 1970, o lateral-direito Pablo Forlán era ídolo de um Peñarol histórico: na equipe de Montevidéu, venceu quatro torneios nacionais, a Libertadores e o Mundial de 1966. Desembarcou no Morumbi em momento em que o São Paulo sofria com a falta de títulos. De cara, ganhou o bicampeonato Paulista em 1970 e 1971, depois outro estadual em 1975.

Pedro Rocha (1970-1978)

Pedro Rocha foi contratado pouco depois de Forlán: chegou ao São Paulo após a Copa do Mundo de 1970. Também colecionou títulos no Peñarol antes de trocar de clube (oito uruguaios, três libertadores, dois mundiais) e é o único uruguaio a disputar quatro Copas. O meia-esquerda é o estrangeiro que mais fez gols pelo São Paulo, 119, e ajudou o clube a vencer os Paulistas de 1971 e 1975 e o Brasileiro de 1977.

Pedro Rocha no São Paulo — Foto: Agência Estado

Pedro Rocha no São Paulo — Foto: Agência Estado

Darío Pereyra (1977-1988)

Darío Pereyra era um jovem de 20 anos quando chegou ao São Paulo após ser revelado pelo Nacional – teve recepção de ídolo no desembarque do aeroporto de Congonhas, em 1977. É o segundo estrangeiro com mais jogos pelo clube, com 453 partidas – só o goleiro argentino José Poy tem mais (525). Foi bicampeão brasileiro (1977 e 1986) e venceu quatro vezes o Paulista (1980, 1981, 1985 e 1987). Anos depois, treinou o time, entre 1997 e 1998.

Reveja o Boleiragem que teve a participação de Darío Pereyra:

Boleiragem - 13 de outubro de 2019

Boleiragem – 13 de outubro de 2019

Furtembach (1985-1986)

Foi contratado em 1985 e atuava como lateral-esquerdo e zagueiro. Foi campeão paulista logo em seu primeiro ano no São Paulo, mas deixou o clube na temporada seguinte para defender o XV de Piracicaba.

Diego Aguirre (1990)

Aguirre foi o autor do gol do título do Peñarol na Libertadores em 1987 e depois jogou na Europa (Fiorentina e Olympiakos) e no Internacional. Foi contratado em 1990 a pedido do então técnico Pablo Forlán. O atacante, porém, perdeu espaço com a chegada de Telê Santana. Em 2018, assumiu o São Paulo como treinador, chegou a colocar a equipe como candidata ao título nacional, mas foi demitido antes do fim do Brasileiro.

Diego Aguirre no São Paulo em 1990 — Foto: Arquivo Histórico/São Paulo FC

Diego Aguirre no São Paulo em 1990 — Foto: Arquivo Histórico/São Paulo FC

Carrasco (1990)

O meio-campista já tinha circulado por grandes clubes da América do Sul na década de 1980, como Nacional, River Plate, Racing e Peñarol quando chegou ao São Paulo em 1990. No Morumbi, teve carreira curta: chegou em junho, foi embora em dezembro.

Matosas (1993)

Matosas é argentino ou uruguaio? O São Paulo afirma que a documentação que dispõe do meio-campista é do Uruguai, nascido em Montevidéu em 27 de maio de 1967, mas ele tem dupla nacionalidade. Outro jogador que teve pouco tempo no clube, entre junho e o fim de 1993.

Diego Lugano (2003-2006 e 2016-2017)

Lugano participou da série Ídolos, do Globo Esporte

Lugano participou da série Ídolos, do Globo Esporte

O “Jogador do Presidente”. Lugano foi contratado como uma aposta do então presidente Marcelo Portugal Gouvêa, e era um pouco conhecido e jovem zagueiro do Nacional. Fez história no São Paulo: foi campeão paulista, da Libertadores e mundial (2005) e Brasileiro em (2006). Deixou a equipe como ídolo em 2006 e voltou dez anos depois. Hoje é dirigente do clube.

Reveja, no vídeo acima, o episódio sobre Lugano na série Ídolos, do Globo Esporte.

Álvaro Pereira (2014)

O lateral-esquerdo chegou ao São Paulo emprestado pela Inter de Milão no começo de 2014. É lembrado por ter apagado em campo após pancadas duas vezes e, em ambas, continuar jogando. A primeira foi pela seleção do Uruguai, na Copa do Mundo de 2014, contra a Inglaterra; a segunda, pelo São Paulo, em duelo contra o Criciúma. Em janeiro de 2015, se transferiu para o Estudiantes, da Argentina.

Em mais uma demonstração de raça, Alvaro Pereira se nega a deixar o campo após desmaio

Em mais uma demonstração de raça, Alvaro Pereira se nega a deixar o campo após desmaio

Gonzalo Carneiro (desde 2018)

O atacante foi indicado por Lugano, que na época já atuava como superintendente de relações institucionais do São Paulo. Em 2016 o jogador foi suspenso por dois anos ao ser flagrado no exame antidoping pelo uso de cocaína. Recentemente, teve um recurso aceito e a pena foi diminuída pela metade. Ele já foi liberado e teve o contrato com o São Paulo restituído.

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