Como Diniz passou a ver o São Paulo com outros olhos após queda no Paulista

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UOL

José Eduardo Martins

Em duelo válido pelo Brasileirão, o São Paulo ganhou do Sport por 1 a 0 ontem (23), na Ilha do Retiro, com uma formação bem diferente da que terminou o Campeonato Paulista. Para promover Fernando Diniz decidir promover tais mudanças, é importante mostrar também que o treinador passou a ver o Tricolor com outros olhos após a queda precoce no estadual. A derrota para o Mirassol por 3 a 2 em pleno Morumbi fez o treinador vivenciar a pressão do clube. Protestos da torcida passaram a ser praticamente diários, com faixas e gritos com palavras de ordem pedindo a demissão do técnico.

Por outro lado, Diniz contou com o respaldo de Raí. O executivo de futebol tricolor chamou a responsabilidade e garantiu Diniz no cargo em todas as oportunidades em que fora questionado — tanto pela imprensa quanto em conversas com o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. É importante também citar que a diretoria de futebol deu liberdade para que Diniz implantasse as mudanças que achasse necessárias. Ontem, por exemplo, deixou Igor Gomes e Liziero, jogadores formados na base tricolor e dos mais valorizados do elenco, no banco de reservas.

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Dentro do elenco, Diniz percebeu que nem todos estavam na mesma sintonia. Por isso mesmo, atletas que demonstraram insatisfação (Anderson Martins, Alexandre Pato e Everton) deixaram o clube.

No caso de Pato, segundo apurou o UOL Esporte, o pai do jogador, Alexandre Rodrigues, chegou a conversar com dirigentes do Tricolor para falar do momento do filho antes de iniciar o processo de rescisão contratual. Na visão de Diniz, o atacante não reagiu da maneira esperada após a eliminação no estadual. Nem mesmo o banco de reservas chegou a comover o badalado atleta, que não se colocou à disposição para atuar contra o Vasco e, desta forma, virou a última opção para entrar no confronto. Logicamente que essa situação não agradou o técnico.

Agora, Diniz acredita que conta com o apoio do elenco. No jogo de ontem, ele foi o primeiro a receber o abraço de Tiago Volpi na comemoração do gol.

“É sempre muito bom receber esse carinho, mas o Volpi me abraça muitas vezes. Não é porque estou sob pressão, é porque estou mais perto dele na hora que saem os gols. Ele vem, me abraça e isso é quase que uma rotina. Eu tenho uma relação extremamente boa com os jogadores. É excelente. Eles sabem que a gente trabalha muito, eles sabem que a gente errou muito na volta da pandemia e que a gente precisa melhorar, continuar ganhando os jogos para poder favorecer o torcedor do São Paulo, que eu repito aqui: é o único que na pandemia está certo, porque na pandemia vieram nos cobrar para conquistarmos vitórias e trazermos alegria para o clube”, disse Diniz.

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