Olheiros cobram R$ 2,2 milhões do São Paulo por fatia de venda de Rodrigo Caio ao Flamengo

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GloboEsporte

Leonardo Lourenço 

Aparecido Lopes de Oliveira e Cícero Gomes alegam ter descoberto zagueiro formado no Morumbi.

Dois olheiros, figuras conhecidas no futebol por descobrirem talentos, cobram cerca de R$ 2,2 milhões do São Paulo por uma fatia da venda do zagueiro Rodrigo Caio, transferido para o Flamengo em 2018. Cada um deles afirma ter direito a 5% cada do valor total do negócio por terem levado o jogador ao Morumbi em 2006.

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Em ação na Justiça, Aparecido Lopes de Oliveira e Cícero Gomes alegam que, em 2011, o clube assinou um contrato de trabalho de cinco anos com Rodrigo Caio (o zagueiro não é parte no processo).

Num comunicado interno em que solicita autorização para a produção do novo contrato, o então diretor da base, Marcos Tadeu Novais, cita acordo para cessão de 10% dos direitos econômicos ao jogador, 5% a Oliveira e 5% a Gomes.

Rodrigo Caio se transferiu do São Paulo ao Flamengo no fim de 2018 — Foto: Marcelo Cortes / Flamengo

Rodrigo Caio se transferiu do São Paulo ao Flamengo no fim de 2018 — Foto: Marcelo Cortes / Flamengo

O acordo é ratificado tempos depois, em 2012, num contrato próprio de cessão dos direitos – sendo o de Oliveira assinado por cinco dirigentes do São Paulo, enquanto que no de Gomes consta apenas a assinatura de Novais.

Os dois olheiros pedem acesso aos documentos originais citados na ação e aos relativos à venda de Rodrigo Caio ao Flamengo.

O clube carioca pagou cerca de 5 milhões de euros (R$ 32,5 milhões em valores atuais) por 45% dos direitos do zagueiro. Rodrigo Caio ficou com 10%, enquanto o São Paulo manteve os 45% restantes.

O contrato entre os clubes, porém, previa metas que, alcançadas,obrigariam o Flamengo a comprar outras fatias. Uma delas (que Rodrigo Caio atuasse por 4 mil minutos na temporada) foi atingida no ano passado, fazendo o clube rubro-negro a pagar mais 1 milhão de euros por 15% dos direitos do São Paulo. Há meta semelhante para 2020, com a mesma obrigação prevista.

O São Paulo ainda não foi notificado da ação e não se manifestou sobre a cobrança.

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