São Paulo tenta vender Pato desde 2019, mas travou por vontade do atacante

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UOL

Danilo Lavieri

O São Paulo já pensava em se desfazer de Alexandre Pato desde o fim do ano passado. O plano só não foi colocado em prática com êxito antes porque o atacante disse não mais de uma vez para o que lhe foi apresentado. Ontem, a novela teve seu capítulo final, e o jogador já encaminhou a rescisão. Contratado em março de 2019, o jogador já não teve um bom ano e, na avaliação da comissão técnica no planejamento para a temporada seguinte, sua presença não era essencial. Além disso, os são-paulinos estavam em busca de medidas para diminuir a sua folha salarial.

Por isso, o atacante foi comunicado na preparação para 2020 que poderia sair caso encontrasse uma boa proposta. Isso também foi o sinal para que representantes e empresários procurassem uma saída que agradasse os dois lados. Em janeiro, Pato fez diversas reuniões com a diretoria e, em um jantar, recebeu detalhes de uma proposta do Shaba Al Ahli, de Dubai. O time estava disposto a pagar US$ 3 milhões para o time do Morumbi pela liberação além de R$ 4,5 milhões por ano ao atleta em salário. O dono do time é um fã antigo do brasileiro e sonhava em vê-lo jogar com a camisa da equipe árabe. O jogador saiu no meio do jantar e disse que “para Dubai ele iria de férias com a namorada”.

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Depois dos primeiros meses do ano e a sua permanência, Alexandre Pato tentou passar a mensagem para a diretoria e para os torcedores que ele faria “o melhor ano da carreira em 2020”. O jogador tentou, ao menos nas palavras, provar que poderia ser útil. Pato não teve sucesso no seu plano. A falta de incômodo com a situação do clube após a eliminação do São Paulo e até mesmo com o fato de ter ido para o banco foi mais um dos motivos que fizeram o treinador não pensar em usá-lo novamente. A situação desperta interesse de algumas outras equipes, que ainda avaliam se toparão correr o risco de contratar o jogador. O Internacional é uma delas. O Atlético-MG não se empolgou com a primeira análise.

Colaborou, José Eduardo Martins, do UOL, em São Paulo.

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