Sorte, afinal, sorri para Fernando Diniz

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UOL

Julio Gomes

Fernando Diniz é um técnico que desperta paixão e ódio, defesas exageradas e ataques igualmente além do limite. Mas uma coisa une quem ama e quem odeia: todos admitem que Diniz é dos sujeitos mais azarados do futebol brasileiro. É inacreditável a quantidade de jogos em que seus times jogam melhor, muito melhor até, e acabam perdendo. É bola na trave, gol feito perdido, milagre de goleiro, impedimento milimétrico… e aí, pumba. Gol do outro. Nesta quarta, no Morumbi, a sorte sorriu para Diniz, afinal. Só mesmo assim podemos explicar o empate entre São Paulo e Red Bull Bragantino, com dois pênaltis perdidos pelo time do interior.

O primeiro tempo foi um bom jogo de futebol, raro no Brasileirão. Partida com ritmo, intensidade, lá e cá, dois times a fim de jogo e de bola. Antes víssemos mais partidas como os 45 minutos iniciais no Morumbi. Faltou, para ambos, o passe final mais caprichado para que mais chances de gol fossem criadas. O São Paulo foi melhor neste primeiro tempo frenético, mas o Red Bull voltou mais organizado no segundo tempo e passou a aproveitar bem os espaços deixados pelo adversário. Sempre com Arthur, um jogador que o Palmeiras vendeu de forma inexplicável. Fez o 1 a 0, perdeu pênalti (Claudinho chutou para fora) e ainda teve mais uma chance clara em um 3 contra 2.

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O São Paulo, atrás no placar, não conseguia criar nada, não chegava nem perto do gol adversário. Era uma presa fácil para os contra ataques do Bragantino. E aí, do nada, chega ao empate em um dos gols mais idiotas do ano. Lançamento-chutão para frente, zagueiros e goleiro do Red Bull no famoso “deixa que eu deixo”, toque de Helinho e gol de Luciano. Ainda deu tempo de o Bragantino acertar o travessão em uma falta. E Arthur chutar um pênalti na trave já nos acréscimos.

Já perdi as contas de quantas vezes escrevi que o time de Diniz merecia a vitória, mas inexplicavelmente havia ficado sem ela. Hoje, merecia a derrota. Inexplicavelmente, saiu com um ponto.

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