O time que quase não existiu: como nasceu o São Paulo de Telê

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GloboEsporte

Leonardo Lourenço

Há 30 anos, Tricolor não deixou técnico ir embora, impediu saída de Raí para o Flamengo e iniciou o período mais vitorioso de sua história.

Telê Santana São Paulo 1993 Morumbi

Era o dia 16 de dezembro de 1990. O São Paulo tinha acabado de ser derrotado pelo Corinthians no Morumbi por 1 a 0. Havia perdido a final do Campeonato Brasileiro. No banco de reservas, instantes após o apito que encerrou a decisão, o técnico Telê Santana se despediu do então diretor de futebol tricolor, Fernando Casal de Rey:

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– Naquele dia, eu me lembro, eu estava no banco, o Telê falou: “Bom, seu Fernando. Eu cumpri minha missão, muito obrigado por tudo, vocês foram muito carinhosos comigo”. No banco ainda. Na hora em que acabou o jogo. Perdemos de 1 a 0, perdemos o título – contou o ex-dirigente.

– Eu peço que não insistam – continuou Telê, segundo o relato de Casal de Rey.

– Não, ninguém vai insistir, você falou que ia ficar três meses, ficou, cumpriu, nos ajudou, nos trouxe uma condição digna de disputar o título, infelizmente não ganhamos, mas não importa. Nosso agradecimento vai ser eterno – completou o cartola, relembrando aquele momento de mais de três décadas atrás.

Mas o São Paulo insistiu. Telê foi convencido a voltar ao clube. Nos anos seguintes, o técnico seria o protagonista do período mais vitorioso do clube. Um Campeonato Brasileiro, vencido em 9 de junho de 1991, exatamente há 30 anos, foi a primeira das 10 taças conquistadas pela equipe na era Telê, a época de ouro tricolor.

Foi uma história que esteve ameaçada de terminar no prólogo, com as recusas de Telê em voltar ao futebol após decepções recorrentes, as constantes advertências de que poderia se aposentar e até a possibilidade de perder Raí, meia que depois se tornaria ídolo e símbolo da primeira metade da passagem do treinador pelo Morumbi.

PARA ESTANCAR CRISE

Telê chegou ao São Paulo em outubro de 1990, quando o clube se desmanchava. O time tinha passado pelo vexame de não ter chegado às fases finais do Campeonato Paulista – uma eliminação que ainda hoje mantém viva uma discussão sobre o clube ter sido ou não rebaixado naquele estadual.

O técnico Pablo Forlán não conseguiu recuperar o time, que naquele momento ocupava o meio da tabela do Brasileiro, longe da classificação.

Telê se tornou uma opção por sua proximidade com o então diretor de marketing do São Paulo, Carlos Caboclo – pai do presidente afastado da CBF, Rogério Cabloco. O técnico tinha saído um mês antes do Palmeiras, desgastado pelos resultados ruins e pela má relação com atletas.

– Ele não queria trabalhar naquele momento em que foi convidado para ir ao São Paulo. Ele estava um pouco estressado pela campanha no Flamengo, no Palmeiras. Ele não queria trabalhar. O Carlos Caboclo insistiu muito para o Telê ir para o São Paulo. Ele não queria – lembrou o filho de Telê, Renê Santana.

– Realmente, quando chegamos ao São Paulo em outubro de 1990, na virada do Brasileiro, o clima era bastante ruim. A equipe estava em quinto no grupo, 12º no geral, tinha feito três vitórias, três empates e quatro derrotas – contou o preparador físico Moraci Sant’Anna, que fez parte da comissão técnica de Telê no Morumbi desde o início.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

O começo do trabalho foi com um empate sem gols com o São José, fora de casa, e uma derrota por 2 a 1 para o Palmeiras, no Morumbi.

O time engrenou na sequência, com uma série invicta que levou o São Paulo aos mata-matas do Brasileiro, eliminando primeiro o Santos e depois o Grêmio, antes de chegar à final contra o Corinthians.

– O Telê chegou, houve uma mudança de comportamento, de ambiente, de cobrança, você sabe que o Telê era um treinador exigente. Passamos a trabalhar mais, treinar mais, trabalhar os fundamentos, trabalho de passe, de finalização – disse o ex-lateral Zé Teodoro.

– Eu lembro do clima quando ele assumiu. A gente tinha uma geração que acompanhou o Telê em 1982, 1986, então o time já tinha um respeito muito grande – contou Raí, que lideraria o São Paulo dentro de campo nos anos seguintes.

Houve desconfiança, porém, no começo:

– A gente ficava até um pouco com pé atrás, era um cara que usava muito pouco o quadro negro, com posicionamento dos jogadores. Tudo dele era no campo. A gente foi perceber depois que aquilo estava começando a ficar automático na gente – completou Raí.

A melhora fez com que a equipe superasse expectativas naquele ano e chegasse à final do torneio, mas não foi suficiente para o título, que ficou com o Corinthians com duas vitórias por 1 a 0.

Foi na segunda derrota para o rival que foi travado o diálogo no banco com o diretor de futebol Fernando Casal de Rey.

– Eu lembro que a gente estava no vestiário quando perdemos para o Corinthians, eu olhei para ele, e ele estava bem para baixo. Muito triste por toda a situação. A imprensa em cima dele, né? Era mais uma final que ele não vencia – disse o ex-atacante Mário Tilico, que seis meses depois se tornaria herói na final de 1991.

Telê Santana recebido por crianças antes de jogo do São Paulo - Arquivo São Paulo FC
Telê Santana recebido por crianças antes de jogo do São Paulo – Arquivo São Paulo FC

O QUASE FIM

Ao ser contratado pelo São Paulo, em outubro de 1990, Telê não assinou nada – seria a segunda passagem dele pelo clube, após um trabalho sem brilho no começo da década de 1970. O acordo era que ele ficaria no clube até o final daquela temporada.

– O Telê sempre tinha contratos verbais conosco, nunca assinou contrato com o São Paulo, pelo menos na minha época. E a cada seis meses vencia o acordo dele, já fazia isso de caso pensado, evidentemente – contou o ex-presidente do São Paulo José Eduardo Mesquita Pimenta, que dirigiu o clube de 1990 a 1994.

– Eu me lembro que a única condição dele era não ganhar menos do que um jogador. Se contratassem o Maradona, ele tinha que ganhar um R$ 1 que fosse acima do Maradona – afirmou Renê Santana.

A fama de pé-frio dada a Telê na década anterior, em que comandou a Seleção em duas Copas do Mundo (1982 e 1986) sem vencê-las, pesou após mais uma final perdida.

– Ele falou que teve muito problema depois da Copa de 1986, que foi atormentado pela mídia. Ele ficou fora do Brasil, foi perseguido, ameaçado. “Passei por situações que jamais pensei que passaria. Foi a segunda Copa que perdi, não houve desculpas, e nunca mais quero que se repita” – afirmou Casal de Rey, mais uma vez reproduzindo palavras de Telê.

– Ele chegou em outubro, certamente veio contrariado, estava desgostoso do futebol, ele tinha sido escorraçado do Palmeiras. Ele estava aborrecido, e como ele perdeu na final… Nós chegamos ao vice-campeonato brasileiro num momento em que o São Paulo estava se recuperando. Nunca pensamos em abrir mão do Telê, jamais – contou Mesquita Pimenta.

O São Paulo quebrou o combinado. Apesar da derrota para o rival em uma final de Brasileiro, o trabalho de Telê foi celebrado pelos cartolas, que insistiram na permanência do técnico.

Uma comitiva de dirigentes do São Paulo viajou a Minas Gerais para conversar com o técnico, que foi convencido a continuar por mais seis meses na véspera de Natal de 1990, abandonando ideias como a de se aposentar ou de trabalhar no exterior.

Os dez títulos de Telê Santana no São Paulo - ge
Os dez títulos de Telê Santana no São Paulo – ge

A INSISTÊNCIA EM RAÍ

– Quando papai chegou ao São Paulo, ele foi apresentado a todos os jogadores, em um passeio no CT. Em dado momento, quem estava levando o Telê passou pelo Raí e falou: “Telê, esse aí você nem cumprimenta, ele está saindo do São Paulo” – contou o filho de Telê, Renê Santana.

Raí chegou ao São Paulo em 1987, após surgir no Botafogo-SP e defender a Ponte Preta por empréstimo. No Morumbi, alcançou algum destaque, mas nada próximo do que viria após a chegada de Telê Santana.

– Papai tinha uma impressão diferente, boa, do Raí, principalmente pelo fato de ele ser irmão do Sócrates, a quem o Telê respeitava muito. Ele comprou aquela briga, aquele problema. Ele via qualidades no Raí – disse Renê Santana.

Nos quatro primeiros anos de Raí no São Paulo, de 1987 a 1990, ele marcou 26 gols. Só em 1991, já alçado ao posto de protagonista, foram 31 gols, número que se repetiu em 1992.

Telê orienta Raí e Mário Tilico em treino do São Paulo em 1990 - Célio Jr/Estadão Conteúdo
Telê orienta Raí e Mário Tilico em treino do São Paulo em 1990 – Célio Jr/Estadão Conteúdo

– Lembro de uma frase, se não me engano foi na semifinal do Brasileiro contra o Grêmio, em que faço dois gols (em 1990). Telê sempre foi de poucos elogios, já me elogiou algumas vezes, mas, no dia seguinte, a primeira coisa que ele me falou foi assim: “Um cara que teve a atuação que você teve ontem não pode se contentar com menos do que isso” – lembrou Raí.

– Acho que meu estilo ajudou o jogo dele, de ser meio como um maestro, de ser um cara mais decisivo. Todo dia depois do treino eu treinava cabeceio, falta, chute a gol. Principalmente cabeceio – completou o ex-jogador.

Raí ergueu a taça do Brasileiro de 1991, do Paulista daquele ano e do seguinte, das Libertadores de 1992 e 1993 e do Mundial de 1992 – ele se transferiu ao PSG, da França, no meio de 1993 e já não estava no time que foi bicampeão do mundo sobre o italiano Milan.

Antes disso tudo, houve de fato a possibilidade de o meia se transferir do São Paulo.

– Eu lembro do Flamengo, até porque teve uma troca do Bobô e do Nelsinho (que estavam no São Paulo) pelo Leonardo e mais um jogador. Teve essa troca e meu nome chegou a ser falado para ser envolvido no (negócio com o) Flamengo – afirmou Raí.

– Desse momento de 1990 até chegar o campeonato de 1991, teve ali no meio uma dúvida com relação a até onde eu poderia chegar, essa dúvida deve ter passado pelo Telê, mas principalmente pelos dirigentes. Depois, quando o Telê viu no campo que eu poderia crescer muito mais, acho que ele não deixou ninguém nem pensar na possibilidade.

O método que Telê usou para transformar Raí em um craque não foi dos mais ortodoxos.

– Teve uma vez que ele ficou uns 15 jogos em que sempre me tirava do time. Às vezes, no treino também me colocava na reserva. Aí eu ficava puto e começava a treinar melhor. Ele ficava sempre mexendo, cutucando, para tirar o melhor do cara, nem sempre de uma maneira que agradava.

A relação com os atletas era espinhosa. Telê demandava muita disciplina, o que geralmente ocasionava atritos. Segundo a Folha de S.Paulo, a saída do técnico do Palmeiras, semanas antes de assumir o São Paulo, se deu por causa do desgaste com jogadores.

No Morumbi, os casos continuaram. Houve problemas, por exemplo, com Mário Tilico e Zé Teodoro na campanha do Brasileiro de 1991.

O lateral se recusou a viajar para um jogo contra o Goiás em que ficaria no banco. Ele foi afastado.

– Eu só não gostei do critério que ele adotou. Eu estava jogando, era titular, tomei um cartão e fiquei fora do time. O Leonardo tomou um cartão, foi expulso, ou estava machucado, e voltou. Eu só sei que quando eu saí, eu não voltei ao time. Aí teve uma viagem e eu fui tomar satisfação – explicou Zé Teodoro.

– Eu acho que dei um passo errado, nesse ponto eu assumi que errei, eu acho que deveria ter continuado, ficado quieto, como fiquei depois, continuei no banco.

O TIME DE 1991

O São Paulo começou 1991 com praticamente o mesmo time que terminou a temporada anterior. Com dificuldades financeiras, apesar dos títulos que tinha conquistado na década de 1980, iniciou o Brasileiro, que naquele ano começou em fevereiro, com um único reforço relevante: o atacante Macedo.

Com 21 anos, Macedo tinha sido revelado pelo Rio Branco na campanha que deu ao time de Americana seu primeiro acesso à elite do futebol paulista, meses antes.

– Quando me apresentei no São Paulo, lembro que o Telê me chamou no canto e conversou muito comigo. Ele falou assim: “Você não sabe cabecear e não sabe chutar”. Falei, “caramba”. Fui artilheiro da segunda divisão, mas falei: “Não, professor, estou aqui para aprender”.

Os conselhos a Macedo não se resumiram só a finalizações. O técnico também passou a observar os hábitos do jogador, principalmente os gastos.

– Ele viu que eu era um menino do interior, que chegou na cidade grande, começou a ganhar títulos importantes, Paulista, Brasileiro, Libertadores, Mundial. Aí eu comecei a conhecer São Paulo, conhecer as modelos, e comecei a dar uma desviada. Ele viu essa situação, começou a pegar no meu pé. Ele conversava comigo para guardar dinheiro, comprar imóvel. Eu trocava de carro demais.

Além de Macedo, o São Paulo buscou de volta o atacante Muller, que tinha deixado o Morumbi anos antes para defender o Torino, na Itália.

Sem se adaptar à Europa, Muller voltou ao Brasil numa negociação tumultuada em que deixou a Itália sem que o acordo com o São Paulo estivesse fechado. Apesar de as conversas terem começado em fevereiro, o atacante só pôde estrear em abril.

– O time já estava encaixado, parece que eu fui a peça fundamental que faltava pra engrenar naquele São Paulo. Veio o Muller também, foi encaixando as peças. Aí a máquina começou a funcionar, né? – disse Macedo.

– Acredito que o São Paulo naquele momento não era nem uma questão de contratar, de ter dinheiro para contratar, foi uma questão de que manteve um grupo que vinha há dois anos jogando e chegando nas finais do Brasileiro – afirmou Mário Tilico.

O São Paulo começou o Brasileiro com vitória por 3 a 0 sobre o Atlético-MG, mas depois tropeçou. Das sete primeiras rodadas, venceu três jogos, perdeu outros três e empatou um.

Na sequência, porém, passou 13 jogos invicto e só perdeu na última rodada, para o Internacional, quando já tinha garantido a primeira posição.

Naquele ano, os quatro primeiros avançavam às semifinais, e o São Paulo enfrentou o Atlético-MG, enquanto na outra chave Bragantino e Fluminense disputavam vaga na final.

O time de Telê Santana passou pelos mineiros com dois empates, 1 a 1 fora e 0 a 0 no Morumbi.

O Bragantino venceu o Fluminense fora e empatou em casa, tomando do São Paulo a vantagem dos empates na final.

– Eu lembro que antes das finais, no meio do campeonato para frente, a gente se reunia. Fazia muitos churrascos nas segundas-feiras entre os jogadores, e era um momento em que a gente fazia um debate, uma terapia de grupo. Teve um papel importante até nesse relacionamento com o Telê, debatia atritos que poderiam deixar as coisas ruins – contou Raí.

No primeiro jogo da decisão, em uma quarta-feira à noite, Mário Tilico estava no banco. Ele foi chamado por Telê quando Elivélton sofreu uma lesão no tornozelo ainda no primeiro tempo.

No começo da segunda etapa, Cafu cruzou na entrada da área, Bernardo cabeceou e a bola bateu na trave. Ela voltou para Muller, que tentou um voleio e furou. Só então a bola sobrou para Tilico, que bateu cruzado e fez o único gol daquelas finais.

– Aquela bola ali o Muller não errava, com a qualidade que ele sempre teve. Aquela bola ali, se a gente colocar dez, o Muller acerta as dez. Aquela bola tinha que ser minha – brincou Tilico, 30 anos depois.

A vitória deu ao São Paulo a vantagem de ser campeão com um empate na volta, no acanhado estádio de Bragança Paulista, à época ainda chamado Marcelo Stéfani.

Antes desse jogo, um momento raro na relação entre o técnico e os jogadores: sem Elivélton, machucado, Telê chamou a seu quarto os líderes do elenco e apresentou a eles opções de escalação para que votassem.

– O Telê teve a humildade de chamar os principais jogadores no quarto dele, ele tinha quatro ou cinco opções. Me parece que era o Tilico, o Flávio, o Rinaldo… tinha mais uma, e a última era a minha. Passando o Cafu pra esquerda, e o Zé Teodoro na direita. Aí ele teve a humildade de conversar com o pessoal e tomou a decisão – lembrou Zé Teodoro, o escolhido.

Raí esteve entre os que votaram a pedido de Telê:

– Era raríssimo o Telê vir pedir opinião de escalação para o time, acho que não aconteceu outras vezes. Chegamos a um nível de confiança em que ele pôde se abrir e levar em conta a nossa opinião. Um exemplo de maturidade entre grupo e comissão técnica – explicou o capitão.

O empate sem gols no interior garantiu o tricampeonato ao São Paulo, que já tinha vencido em 1977 e 1986, e voltaria a ser campeão em 2006, 2007 e 2008.

– A gente não tem a dimensão do que é você fazer um gol de um título e ficar na história de um clube. Você não tem essa dimensão, eu nunca tive essa dimensão – disse Mário Tilico, o autor do único gol das finais, o que valeu a taça.

– Os torcedores falam assim: “O gol que você fez em 1991 foi um dos gols mais importantes para a história do São Paulo”. Dali é que veio a sequência (de títulos). Um dia eu parei para pensar isso, e é verdade. Se a gente não ganha ali, será que teria a sequência de títulos? E não seria o Telê. Se a gente perde esse título, com certeza o Telê não seria mais o treinador do São Paulo. Eu não sou dirigente, nem me falaram isso, mas a gente que estava lá dentro sabia.

Zetti, Antonio Carlos e Cafu São Paulo levantam a taça do Brasileiro de 1991 em Bragança Paulista - Vidal Cavalcante/Estadão Conteúdo
Zetti, Antonio Carlos e Cafu São Paulo levantam a taça do Brasileiro de 1991 em Bragança Paulista – Vidal Cavalcante/Estadão Conteúdo

O título não dirimiu essa dúvida nos dias seguintes à conquista. Assim como no final de 1990, Telê não garantiu permanência no São Paulo para o restante da temporada.

A aposentadoria – ou mesmo um longo de período de férias – seduzia o treinador, que também recebia chamados dos petrodólares árabes e de clubes europeus. Foi preciso uma nova rodada de negociações com Telê, que se reapresentou ao São Paulo mais de um mês depois do jogo em Bragança.

Daquele dia em diante, o “se” foi ignorado – e se Telê tivesse saído? Telê ficou.

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