GloboEsporte
Eduardo Rodrigues
Tricolor segura o Atlético-MG em casa com um time mais aguerrido e um sistema defensivo sólido.
Empatar em casa não costuma ser um bom resultado, mas a igualdade sem gols do São Paulo com o Atlético-MG, neste sábado, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro, pode ser proveitosa à equipe para a sequência do torneio.
Embora tenha passado o segundo jogo consecutivo sem fazer gols, também foi o segundo jogo seguido sem sofrê-los. Mas a diferença do jogo passado, contra o América-MG, para o deste sábado foi a combatividade da equipe.
No primeiro tempo, o São Paulo tinha uma ideia clara: não dar espaços ao Atlético-MG e anular o forte ataque do time comandado por Cuca. A estratégia foi bem sucedida, e o líder do campeonato praticamente não agrediu o Tricolor.
Miranda e Hulk em campo no jogo entre São Paulo e Atlético-MG — Foto: Marcello Zambrana/AGIF
O problema é que com essa atitude o São Paulo também não conseguiu atacar, e o jogo ficou amarrado no meio de campo. Era tudo que o Tricolor queria para poder voltar para o segundo tempo e mudar seu esquema de jogo.
Para a etapa final, Crespo deu mais liberdade a Luciano e Welington, que passaram a ser os principais articuladores das jogadas de ataque. Com Rodrigo Nestor sem tanta criatividade, Luciano passou a buscar o jogo no meio, Welingon virou a válvula de escape pela esquerda, e o time melhorou, ganhou volume.
Nos primeiros 25 minutos, o São Paulo foi quem mais esteve perto de abrir o placar. Mas aí veio a dificuldade do ataque, que mais uma vez não esteve inspirado. Nem mesmo com Luciano e Rigoni o gol saiu.
Após esses bons 25 minutos, o São Paulo nitidamente cansou, algo que vem sendo habitual. Nem as substituições mudaram esse panorama.
Atacante Luciano, do São Paulo, é marcado pelo zagueiro Nathan Silva, do Atlético-MG — Foto: Marcello Zambrana/AGIF
Como consequência, o Atlético-MG passou a povoar mais a defesa do Tricolor, que novamente se sobressaiu, em jogo praticamente impecável dos zagueiros Arboleda e Miranda – e com boas defesas de Tiago Volpi.
Tirando a falta de pontaria do ataque, o São Paulo tem que usar o jogo deste sábado como exemplo para buscar seu objetivo no Brasileirão: uma vaga direta para a próxima Libertadores.
Com um time mais aguerrido, de pegada, o caminho será mais curto. O problema é que esse São Paulo atual não consegue uma regularidade e sempre levanta a dúvida de como será a postura no jogo seguinte.
O Tricolor agora só entra em campo no próximo domingo, diante da Chapecoense, às 16h, fora de casa. Crespo e sua comissão técnica terão uma semana inteira para melhorar a parte física e ajustar o sistema ofensivo.
Apesar do bom desempenho contra o líder do Brasileirão, o ponto conquistado ainda não é suficiente para o treinador respirar aliviado no cargo. Jogo após jogo, Crespo tem a missão de provar que esse São Paulo pode mais.
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