GloboEsporte
Eduardo Rodrigues
Conselheiros tentaram impedir realização de votação para mudanças internas no clube.
Conselheiros do São Paulo entraram com um recurso após a juíza Monica Lima Pereira, da 3ª Vara Cível do Foro do Butantã, em São Paulo, negar uma liminar para suspender a votação que analisará mudanças no estatuto do clube. O pedido acabou negado na noite desta quarta-feira. A reunião, assim, segue marcada para quinta-feira.
Na primeira decisão, a juíza acolheu argumentos do São Paulo de que os conselheiros, ainda que aprovem as alterações, terão que submeter as novas propostas à Assembleia de Sócios, além de afirmar que as irregularidades apontadas pelos opositores não ficaram comprovadas.
Na nova decisão, a Justiça entendeu que se trata de uma discussão baseada no estatuto – e que ela segue as regras do documento. Portanto, não haveria como os conselheiros de oposição falarem que não tiveram acesso à proposta, já que eles mesmos estavam fazendo críticas a ela.
Votação do Conselho será online — Foto: Marcos Ribolli
Pedido de liminar
Um grupo de conselheiros de oposição foi à Justiça para tentar suspender a realização da reunião. A ação cita supostas irregularidades na convocação e afirma que as alterações pretendem perpetuar o atual grupo político no poder do clube.
As propostas incluem a possibilidade de reeleição para o presidente, que atualmente cumpre mandato de três anos, a ampliação do mandato dos conselheiros de três para seis anos, a diminuição do número de conselheiros de 260 para 200 (sendo 120 vitalícios e 80 eleitos).
O São Paulo se manifestou nos autos do processo e afirmou que o grupo responsável pela ação distorce fatos e que o processo de reforma do estatuto é idôneo. O clube também reforça que a reunião do Conselho não altera o documento, missão que caberá à Assembleia de Sócios após análise e encaminhamento das propostas pelo conselheiros.
A reunião, que antes seria realizada de forma híbrida, foi alterada para ser feita de maneira virtual. Opositores dizem que a mudança se deu após a convocação de protestos por torcedores, enquanto o clube diz se tratar de uma medida de atenção sanitária para evitar aglomerações.
As alterações no estatuto do São Paulo movimentam os bastidores desde novembro. A princípio, a votação ocorreria no dia 18, ainda com o Brasileirão em andamento. Diante da situação do time, que brigou para não ser rebaixado, a reunião foi alterada para 16 de dezembro.
Ainda em novembro, o conselheiro vitalício Pedro Baggio cobrou o fim da confidencialidade nas alterações a serem discutidas no estatuto, que aparecera na primeira convocação aos membros.
Basta a maioria de votos para as alterações serem encaminhadas para decisão da Assembleia de Sócios.
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