Reforço do São Paulo superou seis meses de desemprego e recusou oferta de R$ 5 milhões da Ásia para ser comandado por Rogério Ceni

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ESPN

Wellington Rato com a camisa do São Paulo Rubens Chiri / saopaulofc

Wellington Rato terá aos 30 anos a maior chance da carreira. Antes de chegar ao São Paulo, o meia superou inúmeras dificuldades financeiras em clubes de menor investimento e um período de seis meses de desemprego.

Nascido no Rio de Janeiro, Wellington Soares da Silva herdou o apelido ao chegar no Audax Rio. Seu irmão dois anos mais velho, Wallace, que também é jogador de futebol profissional, era chamado de Rato pelos colegas de equipe por causa da fisionomia. O meia nunca teve problemas com o apelido e sempre levou na brincadeira a marca registrada.

Após sair do Audax Rio, o jogador passou por Osasco Audax, Dom Bosco, Red Bull Brasil, Caldense e Sampaio Corrêa, pelo qual conseguiu o acesso para a Série B do Brasileiro e foi campeão da Copa do Nordeste.

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Em 2019, quando defendia o Joinville, o meia viveu o momento mais difícil da carreira ao sofrer com uma lesão e ficar alguns meses com os salários atrasados. Por isso, precisou mandar a família de volta ao Rio de Janeiro por falta de condições financeiras e foi morar no alojamento do clube.

Após o fim do contrato, ele ficou seis meses desempregado antes de ser contratado pelo Ferroviário-CE para jogar a Série C do Campeonato Brasileiro. Na equipe cearense, o meia conseguiu uma sequência de jogos e passou a se destacar até ser contratado por apenas R$ 10 mil pelo Atlético-GO para a disputa do Brasileirão, em 2020.

Ano passado, Rato foi emprestado ao V-Varen Nagasaki, do Japão, antes de voltar ao Dragão e se destacar. Em 2022, ele fez 70 partidas, marcou 15 gols e deu sete assistências. No final da última temporada, vários times brasileiros e estrangeiros demonstraram interesse no meia.

O empresário de Rato manteve contato com Cruzeiro, Vasco, Coritiba, Fortaleza e Al Taawoun, da Arábia Saudita. O Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul, chegou a fazer uma proposta oficial de um milhão de dólares (R$ 5,17 milhões) e ofereceu um alto salário, mas o jogador preferiu jogar pelo São Paulo.

Ele tinha o sonho de atuar em um clube grande e fez questão de ir ao Morumbi quando soube do interesse de Rogério Ceni em seu futebol. O meia era encantado pelo time tricolor que conquistou o tricampeonato brasileiro, entre 2006 e 2008.

“Estou muito feliz de estar aqui e vestir essa camisa. Quero retribuir o carinho dos torcedores que já recebi pelas redes sociais. Estou com muita vontade de vestir essa camisa, porque é a realização de um sonho. Espero ser feliz aqui”, disse ao site do clube paulista.

O São Paulo venceu a concorrência com os outros clubes depois de uma longa negociação pagou cerca de R$ 5,5 milhões pelos direitos federativos pelo atleta, que assinou contrato por três temporadas.

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