Luis Fabiano e Lugano discordam sobre James não bater pênalti no São Paulo: ‘Foi covarde ou consciente?’

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A queda precoce do São Paulo para o Novorizontino nas quartas de final do Paulistão segue repercutindo. E a ausência de James Rodríguez na lista dos cobradores de pênalti esquentou o debate do Resenha da Rodada desta segunda-feira (18).

Ídolos do Tricolor, Lugano e Luis Fabiano discordaram sobre o assunto. Na visão do ex-zagueiro, o meia colombiano corria o risco de se prejudicar ainda mais. Já para o ex-centroavante, James tinha que ter batido.

”Será que ele foi covarde ou foi consciente? Ele já errou dois pênaltis, no último mês teve problemas… Se ele erra o pênalti, todos os problemas do São Paulo iriam cair em cima dele. Não dá pra saber se foi consciente ou covarde”, questionou Lugano.

”Tem jogador que não pode estar com o psicológico ruim. Na Libertadores eu perdi no tempo normal e bati na disputa de pênaltis. Tem jogador que é obrigatório (bater)”, pontuou Luis Fabiano.

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Fernando Prass e Fabio Luciano também opinaram sobre o assunto.

”Acho que a gente está demonstrando mais confiança no James do que ele. Se ele estivesse confiante, ele teria batido. Nós criamos uma imagem do James no Real Madrid, na seleção colombiana. Ele é ser humano e a gente muitas vezes temos a mania de usar nosso sarrafo pra medir outros jogadores. Já vi grandes jogadores que não quiseram bater pênalti”, afirmou o ex-goleiro.

”Faltou uma liderança dos dois lados. Quando você chega pra escolha de pênaltis e você não motiva os jogadores pro momento. A gente está olhando de fora, mas acho que é um jogador que tem costas o suficiente pra chamar essa responsabilidade”, argumentou o ex-defensor.

Em entrevista coletiva após a partida, Thiago Carpini deu suas explicações sobre a situação. Segundo ele, quando um jogador é escolhido para entrar na lista de cobradores não é uma decisão tomada apenas pela comissão técnica, mas em conjunto com o próprio atleta.

“Quando desenha uma situação de pênaltis, temos relatórios que trabalhamos a semana inteira, tem o aproveitamento (nos treinos). Quando chega o momento (da disputa), precisamos ouvir o feedback do atleta e ele precisa sentir seguro e confiante para bater. Se não acontecer… a gente deixa à vontade para a escolha do atleta, quem abre, quem fecha. Isso é participação deles, o atleta pode não estar seguro consigo mesmo. Temos que entender esses processos e tomas as decisões”, disse.

Este foi apenas o quarto jogo de James sob o comando de Carpini no São Paulo. Até o momento, o meia soma um gol e uma assistência.

UOL