Além das 4 linhas – O Esquema que dá certo!

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Desde que Aguirre chegou e fez o futebol do time crescer, o esquema de jogo é sempre
mantido em função dos jogadores titulares. Quando ele não tem as peças, o time não flui.

É fácil notar que o futebol do SPFC de Diego Aguirre é calcado sobre os dois atacantes de lado que ele faz questão de escalar. Não é a toa que quando Everton assumiu a ponta esquerda o time cresceu demais. Os dois pontas e os dois laterais são a base do time, junto de Nene, que arma e distribui, e de Diego Sousa, o cara que segura a zaga no meio. Os volantes deste time pouco aparecem na frente para finalizar. Tudo é centralizado nos dois artilheiros do time.

Os dois volantes e os dois zagueiros seguram o rojão atrás. Os dois laterais sobem e são
ajudados na frente e atrás pelos pontas. Mas para lamentar temos uma realidade difícil: Nós não temos reservas para os dois pontas. O futebol do time acaba sem eles. Também não temos reserva para o jogador mais importante e que ainda por cima é o mais velho de todo o elenco, Nene. É por isso que falo que o elenco foi formado para conseguir uma vaga na libertadores e não para ser campeão. Só que o trabalho mostrou um resultado melhor do que o esperado e o time passou a jogar uma bola redonda e conquistou a liderança. Agora ficou difícil abrir mão da conquista que não foi planejada, mas que agora é alvo de todos no clube e da torcida.

Só existe uma possibilidade de vencer este BR18: Voltar a jogar com os 11 titulares e por
conseqüência voltar a jogar o mesmo futebol de antes. Com este péssimo resultado de
domingo, vencer o Botafogo, vencer o Palmeiras e empatar com o Internacional virou
obrigação. Só de pensar fico ansioso.

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Aguirre declarou que ficar tenso agora é bobagem, já que o time ocupa a liderança. Os
matemáticos projetam o futuro de acordo com o presente. Mero exercício de futurologia que tem chances de dar certo e errado. Como times de futebol são compostos por seres humanos e a matemática não coloca na conta as oscilações, contusões, substituições e escolhas dos jogadores, o campeonato está totalmente aberto. Em minha opinião o SPFC tem a faca e o queijo na mão, basta voltar a jogar a bola que o levou à liderança. Estão todos lá. Basta a vontade. Apenas a contusão do Everton preocupa, e preocupa muito. Sem este problema o clube tem totais condições de levantar a taça do campeonato que entrou na reta final.

Quando eu escrevia este texto o clube anunciou a promoção de alguns jogadores da base que podem jogar pelas pontas numa clara demonstração de que eu estava pensando e escrevendo uma coisa que faz sentido. Como mero torcedor presto muita atenção ao jogo. Quando eu começo a ver improvisações em posições importantes e o time começa a mostrar queda de rendimento com poucas conquistas, o sinal está dado. Cabe aos gestores tomarem providências. Infelizmente os garotos pinçados da base não estão prontos e isso pode demonstrar mais uma coisa: Everton tem problemas mais sérios do que imaginamos. Espero estar errado quanto aos garotos e quanto ao Everton. Fico feliz quando erro e o SPFC se dá bem.

Salve o Tricolor Paulista, o Clube da Fé.

Carlito Sampaio Góes é advogado, trabalha como representante comercial, frequenta o Morumbi desde 1977 e prefere o time que vence ao time que joga bonito. Escreve nesse espaço todas as quintas-feiras.

ATENÇÃO: O conteúdo dessa coluna é de total responsabilidade de seu autor, sendo que as opiniões expressadas não representam necessariamente a posição da SPNet ou de sua equipe de colaboradores.

1 COMENTÁRIO

  1. Gostei do comentário: “fico feliz quando erro e o SPFC se dá bem”.
    Muitos de nós (a imensa maioria dos torcedores do São Paulo é assim). Só uma meia dúzia de uruca prefere ter razão do que ser feliz.
    E vamos São Paulo!
    Também a SORTE estará conosco!