Terças Tricolores – Um crescimento empolgante

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O futebol, de fato, é um esporte diferente de qualquer outro. Quem imaginaria que, um time que, em quatro meses, teve três técnicos diferentes, estaria na final do campeonato eliminando o rival mais rico do Brasil?

Do inseguro Jardine ao consagrado Cuca, tivemos um competente Mancini que teve peito de dar rodagem e oportunidade à molecada quando ninguém mais acreditava em nada. E os meninos responderam de maneira extremamente positiva. Liziero, Luan, Igor Gomes, Antony e Everton Felipe se mostraram jogadores de brio e, quando a técnica não funcionava, a raça tomava conta e resolvia a questão.

O menino Gomes, por exemplo, foi fundamental contra o Ituano, mas ficou um pouco escondido contra o Palmeiras. Normal, assim como é normal o Antony não fazer aquele gol no tempo normal. Não podemos esquecer que todos eles têm menos de 20 anos e tudo é novo, como bem disse o Casagrande na transmissão.

É novo jogar um clássico na casa do adversário, em um mata mata e tendo um goleiro do nível do Prass pela frente. Tudo bem, não vejo razão alguma para criticá-lo, como estão fazendo alguns torcedores. Não tenho nada a acrescentar com relação à atuação do time. Estão todos de parabéns, do Mancini aos suplentes. Foi o trabalho e coração de todos eles que nos levaram à final.

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A final….

O problema é imenso. O rival é terrivelmente cascudo e tem muita sorte em decisões, além de um goleiro que é conhecido por pegar pênaltis. Tudo isso, somado às interferências externas (vide o que aconteceu na última final) e o favorecimento que eles têm naquele estádio.

Precisaremos matar o jogo no Morumbi. Particularmente, eu escalaria o mesmo time que atuou contra o Palmeiras. Acho que, se os meninos nos trouxeram até aqui, merecem a chance de tentar levantar o caneco. Dependendo do resultado, colocaria o Profeta no lugar do Igor Gomes para o jogo da volta, que tende a ser mais tenso e precisaremos de experiência e da habilidade de chutar de fora da área. Escalaria o Pablo também e, nesse caso, um dos “Evertons” teria que sair.

De toda forma, com certeza, o Cuca sabe o tamanho do problema que estamos enfrentando e, temo muito mais o “acaso” e os juízes do que o próprio time dos gambás. O que o Santos fez ontem foi uma aula para o Carille que, revoltado, assim como Felipão, falou bobagem atrás de bobagem na entrevista coletiva.

 Precisaremos ter muita paciência e trabalhar de maneira inteligente a bola. O caminho é pelo chão, com muita velocidade e troca de passes. Os volantes deles não vão aguentar e o Danilo Avellar é horroroso. Se o Antony tiver um bom suporte, pode definir o jogo para o SPFC.

Quem jogar pela direita deles, esquerda do nosso ataque, tem que tomar cuidado com o maldoso Fagner. Por isso eu prefiro o Everton, ex-Flamengo. Mais experiente e sabe como lidar com esse tipo de cidadão.

Conto muito com a raça e dedicação do time. Chegamos onde ninguém esperava, agora é surpreender a todos novamente. Para cima deles!

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Abrahão de Oliveira é jornalista, formado pela Universidade Metodista de São Paulo, dono da @spinfoco e São-Paulino desde que se conhece por gente.