Os dois jogos que tivemos após a pausa para a Copa América mostraram uma coisa boa e nova para os conturbados tempos que vive o SPFC: O treinador coloca peças do banco durante a partida e o time sobe de produção. Sempre foi assim no futebol e não quer dizer que os do banco estão melhores ou são melhores do que os que entram em campo no início da partida. O que isso quer dizer é que descansado e sabendo do jogo do adversário, o jogador entra, com instruções de um treinador que leu o jogo, e ajuda a subir a produção do time. No tempo do mestre Telê dois jogadores entravam em quase todas as partidas: Macedo e Juninho. No primeiro título da libertadores Macedo saiu do banco e sofreu o pênalti do nosso gol.
É muito bom ver isso acontecer no SPFC depois de alguns anos de penúria. Como o calendário do futebol brasileiro é de matar jogador, ter um elenco com opções é fundamental e é isso o que está acontecendo. Se considerarmos Volpi, Igor, Arboleda, Bruno, Reinaldo, Luan, Tchê, Hernanes, Antony, Pablo e Pato como titulares, o elenco tem Anderson, Hudson, Liziero, Rojas, Raniel, Everton, Vitor Bueno e Toró como jogadores que entrarão em muitos jogos por inúmeras razões. São 19 atletas com bom potencial fora alguns ainda em crescimento. As mudanças ocorrerão naturalmente em função de contusão, suspensão, características do adversário e campo de jogo neste ano. Num campeonato mata-mata as substituições podem se dar ainda mais obrigatoriamente.
Sendo assim amigos, e seguindo o que ocorre em outros clubes do Brasil e do mundo, não existe mais time titular em minha opinião, existe o elenco do SPFC. Lendo uma matéria interessante nesta semana passei a pensar na escalação de Hernanes e Pato ao mesmo tempo. Além disso, Igor não é exímio marcador. Num futebol que pede marcação total, movimentação constante e velocidade absurda, talvez estes 3 juntos façam o time sofrer. Já está sendo comentado muito que Pato volta pouco para acompanhar o lateral adversário. Sendo assim, se o adversário joga no 4.3.3. com lateral que sobre e ponta rápido, nosso lateral marca o ponta e o Pato teria que marcar o lateral adversário, coisa que ele não faz com muita eficiência. Luan e Thcê estão numa outra função nos meias adversários. Complicado. Segundo o que venho lendo, Cuca estuda como equilibrar o time neste período de duas semanas parado.
Com a volta de Liziero em breve, que jogou de titular nas partidas que pode com Cuca no comando, talvez Igor perca o lugar no time para Tchê na direita para Liziero e Luan serem os volantes. Na verdade vejo isso como uma das inúmeras possibilidades que tem este elenco. Se quiser tirar um da frente, escalando Pablo e Antony por exemplo, o treinador pode escalar o famoso losango no meio de campo com Luan centralizado na frente da zaga, Tchê na direita um pouco mais a frente formando uma linha com Liziero mais a esquerda e com Hernanes à frente deles. Acredito que as suspensões, contusões e o adversário irão “escalar” o time como escrevi acima.
Mas e se o clube conseguir trazer um bom lateral direito? Isso criaria mais um ótimo problema ao treinador.
Salve o tricolor paulista, o clube da fé.
Carlito Sampaio Góes