Terças Tricolores – Foi Sofrido, Mas A Vitória Veio

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Não vou analisar o jogo com seus melhores momentos. Vou apenas comentar algumas coisas que eu vi dentro da partida e que merecem algum destaque para debate e pensamento da nossa torcida. Afinal, nada me deixa mais triste do que ver a nação iludida.

A vitória veio, mas o time não foi bem. Tivemos um primeiro tempo bastante interessante, pressionando o Avaí, que tem um time muito fraco, no campo de defesa e criando algumas boas chances. Em um lance muito bonito, de lançamento do Cícero, um pivô interessantíssimo do Marcinho e uma fuzilada do Pratto, fizemos o primeiro gol e saímos na frente.

O segundo tempo, pro sua vez, foi o oposto do primeiro. O time voltou covarde, com medo de tomar o gol do adversário e querendo “administrar” o placar durante os 45 min. Sofremos com a marcação deles, mas não tivemos grandes sustos, muito por causa da falta de poder ofensivo do Avaí. O time acabou se segurando e fazendo mais um no apagar das luzes. O jogo foi morno, mas algumas coisas me chamaram a atenção de maneira ruim. Vamos a elas:

Lugano: Embora a torcida cobre muito a entrada do uruguaio, ele não tem mais condições de atuar em alto nível. Ontem ele deu vários sustos em fintas na frente da área e algumas bolas em que parecia “travado” para chegar. Entendo que a idade chega para todos, mas o ídolo não pode ficar exposto desse jeito. Se o ataque dos caras fosse melhorzinho, teria complicado muito para o atleta.

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Buffarini: Como é fraco esse jogador. A raça dele é incontestável, assim como sua vontade de ajudar, mas a qualidade técnica é sofrível. Não vem jogando bem, não vem marcando bem e pelo lado dele foram criadas algumas situações de gol. Não é nem sombra do atleta vitorioso da época de San Lorenzo.

Tenho a teoria de que a maioria dos marcadores sul americanos não vingam aqui por uma questão técnica. Nossos atacantes são especialistas no mano a mano, tendo em vista a tradição do futebol nacional, ginga, habilidade e características do tipo. Claro que, na Argentina, existem atletas assim, mas em menor número. Quando um marcador vem para o futebol brasileiro, ele sofre demais no “mano”.

Isso talvez explique os rendimentos patéticos de: Piris, Adrian Gonzalez, Reasco, Clemente Rodriguez e Buffarini. Todos possuíam características defensivas e nenhum deles vingou. O Piris era sempre humilhado, principalmente pelo Neymar, e o Buffa vem sofrendo com os pontas e laterais medianos.

Zaga: Mal posicionada e gerando insegurança ao torcedor. Cada bola alçada na área do SPFC é um perigo. Claro que, nessa vitória, passamos ilesos, mas por quanto tempo a sorte vai nos favorecer nesse ponto? O Rogério precisa, de maneira urgente, rever essa questão.

Preparo Físico: É visível que o time morre na parte final de jogo. Parece que faltam pernas para os atletas, o que proporciona absurdos como ser pressionado pelo Avaí em casa. A diretoria e comissão técnica precisam URGENTEMENTE trabalhar nisso e resolver esse problema o quanto antes. Senão passaremos sufoco no fim do ano, mais do que passamos a´te agora.

De maneira geral, vi um São Paulo razoável, mas que não consegue bater de frente com os grandes do momento. Se jogar assim contra o SEP, no final de semana, perde. Falta muito para convencer. Na verdade, vencer e convencer, fato que não acontece há muito tempo!

É isso!

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Abrahão de Oliveira é jornalista, formado pela Universidade Metodista de São Paulo, dono da @spinfoco, são-paulino e tem o sonho de cobrir um mundial de clubes com o clube do coração. 

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