Memórias Tricolor – Zé Sérgio

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Muitos torcedores que viram o São Paulo no final da década de 70 e inicio dos anos 80 afirmam que ele foi um melhores ponta-esquerda do Tricolor, e assim hoje contamos a história do primo de Rivellino…

Resultado de imagem para Zé SérgioNascido na Capital Paulista em 8 de março de 1957, José Sérgio Preti, ou simplesmente Zé Sérgio como ficou conhecido, foi um dos melhores e maiores ponta esquerda que desfilou nos gramados brasileiros.

Jogador dotado de grande habilidade, rápido, driblador e chute forte. Chegou às categorias de base levado por seu primo Rivellino em março de 1973, então com 16 anos. Rivalidade e ironias a parte, um dos maiores jogadores de nosso rival levou seu primo para se tornar um de nossos maiores jogadores.

Sua estreia ocorreu em 13 de junho de 1976, e logo a titularidade era seu destino. Absoluto em sua posição, porém muito caçado pelos zagueiros adversários, Zé Sérgio sofreu com as contusões ao longo de sua brilhante carreira, sofria falta em quase todos os lances. Sua facilidade de driblar, avanços rápidos ao ataque e os precisos cruzamentos de linha de fundo fizeram dele o parceiro ideal para Serginho Chulapa.

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Ainda novo, com 21 anos foi convocado para a Seleção Brasileira de 1978 e conquistou a titularidade, jogou a Copa ao lado de seu primo Rivellino. Para a Copa de 82 seria titular certo, porém em razão de uma lesão, Telê Santana optou por Éder Aleixo. É difícil narrar ou afirmar o que não ocorreu, mas pela sua familiaridade e entrosamento com Serginho Chulapa, certamente a equipe que compôs a lendária Seleção de 82 ficaria ainda mais competitiva e brilhante.

Zé Sérgio participou da primeira conquista nacional Tricolor, com excelentes atuações e passes decisivos, e foi fundamental na conquista do Bicampeonato Paulista de 1980 e 1981. Nos dois anos seguintes as lesões ficaram ainda mais frequentes, e em 1984 a diretoria do São Paulo decidiu envolvê-lo em uma troca juntamente com Humberto por Pita do Santos. Sua última partida pelo Tricolor foi em 23 de maio de 1984.

No Santos foi campeão paulista de 84, e ainda excursionou com o alvinegro praiano para o Japão e Europa em 85 e 86. Ficou no time da Vila até 1986, quando se transferiu para o Vasco da Gama, onde conquistou o Campeonato Carioca de 1987. Após a conquista se transferiu para o Japão jogar pelo Hitachi, atual Kashiwa Reysol, onde encerrou a carreira em 1991.

Após pendurar as chuteiras Zé Sérgio deu início em 1995 a uma nova carreira, a de treinador. Seu primeiro clube foi o Kashiwa Reysol, porém por apenas uma temporada. Sua forte ligação com o São Paulo o fez receber convite para fazer parte da equipe que cuida das categorias de base Tricolor, e de 2005 a 2011 esteve junto a equipe sub-17 no Centro de Formação de Atletas Laudo Natel em Cotia. Foi pelas suas mãos que o zagueiro Breno e o volante Denílson surgiram.

Pela base Tricolor Zé Sérgio conquistou Campeonato Paulista Juvenil 2006, Desafio Pelé Internacional em Sheffield na Inglaterra em 2007,  Mundial sub-17 Fifa em 2007 e 2008, Torneio Bicentenário da Independência no México em 2010 e Copa 2 de julho na Bahia em 2011. Em 2012 foi promovido para a equipe sub-20, porém o São Paulo fez pífia campanha na Copinha e o presidente Juvenal Juvência já em final de mandato e total decadência o demitiu de forma injusta e grosseira.

Ao deixar o São Paulo Zé Sérgio seguiu para a Ponte Preta de Campinas, assumindo o time sub-20, onde permaneceu até 2013. Durante sua passagem pela Ponte assumiu o elenco principal quando Gilson Kleina se transferiu para o Palmeiras em 2012.

Mesmo com uma carreira marcada por contusões e lesões que o tiraram de muitas partidas, Zé Sérgio é um dos grandes craques que o São Paulo Futebol Clube ostenta em sua galeria de ídolos, e nesta semana a Coluna Memórias Tricolor saúda esse super Campeão como jogador e técnico de nossa base.

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Gustavo Flemming, 40 anos de amor ao SPFC, é empresário no segmento de pesquisa de mercado e consultoria em marketing.

Contato: [email protected]

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1 COMENTÁRIO

  1. Zé Sérgio!
    Driblava como poucos.
    Cruzava com precisão.
    Muitos Gols do Serginho saíram de assistências do nosso formidável camisa 11.
    O maior ponta-esquerda de sua época e o terror dos laterais (que o digam Rosemiro e Zé Maria…).